O secretário nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, assinou, em nome do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a adesão do Brasil à Global Offshore Wind Alliance (GOWA), em cerimônia realizada nesta segunda-feira (4), durante a COP28. A iniciativa é da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) e do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), cujo lançamento ocorreu na edição passada da COP.
“A expansão da energia eólica offshore é absolutamente fundamental para que o mundo atinja a meta de triplicar as renováveis. O Conselho Global de Energia Eólica está encantado com a ambição estabelecida pelo compromisso da COP28 e a GOWA fornece o conjunto de ferramentas perfeito para implementar ações transformadoras no ritmo que o mundo precisa para permanecer no caminho rumo ao Net Zero. O GWEC vê um enorme crescimento para a energia eólica offshore, com 323 GW construídos até 2030 e a GOWA cria uma comunidade global de partes interessadas para impulsionar a aceleração da energia eólica offshore. A expansão contínua do nosso grupo diversificado e dinâmico de membros dos setores público e privado garante que a Global Offshore Wind Alliance seja um ativo fundamental para tornar a energia eólica offshore uma fonte de energia convencional”, destacou Ben Backwell, CEO do Conselho Global de Energia Eólica.
O objetivo da Aliança é reunir governos, setor privado, organizações internacionais e outras partes interessadas para acelerar a implantação de energia eólica offshore, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento da fonte e enfrentar as crises climáticas e de segurança energética no mundo. “O Brasil reconhece a necessidade de acelerar a transição para uma matriz energética mais limpa. Neste contexto, a energia eólica offshore faz parte do portfólio de soluções viáveis e a GOWA é uma iniciativa necessária. Em colaboração, estamos removendo as barreiras ao desenvolvimento desta nova e promissora fronteira de energia renovável”, afirmou Thiago Barral.
Para Elbia Gannoum, a adesão do Brasil é um marco para o avanço da regulamentação das eólicas offshore no País. “No Brasil já estamos com mais de 78 projetos em análise pelo IBAMA, o que representa mais de 182 GW de capacidade. O potencial brasileiro para eólica offshore é de 700 GW, isso significa não só um avanço rumo ao NetZero em 2030 como também o impulsionamento de novas tecnológicas que demandam por energia renovável, como o hidrogênio verde. Essa adesão, pleiteada pela ABEEólica junto ao MME, garantirá ainda a eficaz implementação da Política Industrial Verde no país”, afirma Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias.