Banco defende produto feito de energia verde, não apenas o hidrogênio como commodities
Com uma caderneta de R$ 52 bilhões para financiar projetos de infraestrutura e energia renovável da indústria verde, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) disse que o Brasil precisa agregar valor ao seu hidrogênio verde.
O Banco defende a produção de derivados do H2V. não apenas o hidrogênio como commodities. Em seminário realizado na segunda-feira (27), na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana da Costa, explicou o posicionamento do banco.
“Queremos produto feito a partir de energia verde, não apenas o hidrogênio”, afirmou. Segundo ela, “o Brasil tem todas as condições de avançar porque temos portfólio de projetos de H2, os minerais críticos e energia renovável competitiva”.
Na ocasião, ela lembrou ainda que no Brasil a descarbonização custará menos do que no mundo, visto que o país tem uma matriz energética mais limpa que a média mundial. Atualmente, 88% da matriz energética brasileira é limpa.
“Será mais barato aqui, pois devemos descarbonizar com desmatamento zero já em 2030, fator que atinge as nossas NDCs do Acordo de Paris. Não precisa de nova tecnologia. Deveríamos ter a ambição de entregar mais que isso, o Brasil poderia ser carbono negativo”, declarou.