Para receber as empresas que produzirão hidrogênio verde no Complexo do Pecém, no Ceará, a estrutura do complexo e do porto será modernizada. Para isso, será criado um corredor de utilidades por onde circularão os dutos de amônia, gás natural, hidrogênio, água e a rede de energia elétrica. O píer 2 e o terminal de múltiplas utilidades devem passar por adaptações para a operação de amônia e outros derivados do hidrogênio verde.
“Nesse processo de instalação do hub de H2V, estamos nos preparando para produzir e exportar o hidrogênio, enquanto o Porto de Roterdã se prepara para receber e distribuir pelo mercado europeu”, destacou o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo. O Porto do Pecém e o Porto de Roterdã constituirão a rota de exportação/importação de H2V mais próxima entre a América do Sul e a Europa.
Nesta sexta-feira (6), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Alex Sandro de Ávila, realizaram uma visita técnica ao Complexo Portuário do Pecém. O local, com mais de 19 mil hectares de área, possui infraestrutura robusta e localização geográfica privilegiada, destacando-se como a casa do Hidrogênio Verde (H2V) no Brasil, abrigando os primeiros projetos do setor no país.
O objetivo da visita foi conhecer os projetos voltados para energias renováveis, a fim de servirem como exemplos para outras autoridades portuárias. É importante destacar que o Brasil tem o compromisso de aumentar suas capacidades no campo das energias renováveis, visando garantir a preservação ambiental e proporcionar mais qualidade de vida à população.
Durante a visita, Silvio Costa Filho ressaltou a importância estratégica do porto como um hub de excelência, possibilitando um canal direto, por exemplo, com a região da Europa, viabilizando o transporte e exportação do referido produto para lá. “Eu não tenho dúvidas de que o Porto do Pecém será uma referência mundial em hidrogênio verde, e queremos exportar essa tecnologia para os países europeus e demais interessados, o que estimulará ainda mais o crescimento econômico da região”, disse.
Alex Sandro de Ávila destacou os investimentos no complexo em relação a projetos de energias renováveis, especialmente o Hidrogênio Verde. “É um excelente hub para permitir um canal direto, por exemplo, com a região da Europa. Estamos investindo na proposta econômico-financeira para permitir que tenha um custo acessível e, assim, posicionar o Brasil na vanguarda da competitividade no fornecimento de energia renovável, como o hidrogênio verde, para o mundo”, disse.