Brasil

Eólica offshore pode ser ‘nova energia hidrelétrica’, diz Banco Mundial

A energia eólica offshore pode ser uma opção de "proteção energética" para o Brasil, em meio a secas cada vez mais recorrentes

Foto: Freepik/Energia eólica
Foto: Freepik/Energia eólica

A energia eólica offshore pode ser uma opção de “proteção energética” para o Brasil, em meio a secas cada vez mais recorrentes que afetam a geração hídrica — que ainda é a principal fonte da matriz elétrica nacional. Os dados do estudo sobre o tema, realizado pelo Banco Mundial e entregue ao Ministério de Minas e Energia, apontam para isso.

Segundo a pesquisa, há um potencial de a eólica offshore ser a “nova energia hidrelétrica do Brasil”, ou seja, uma fonte que pode complementar a variabilidade da geração hidrelétrica ao longo dos anos e que, se posta em prática em larga escala, poderia ser parte intrínseca da base de geração limpa do país.

Além disso, a instituição também aponta que, comparando a produção real de energia hidrelétrica com a produção simulada de eólica offshore durante um período de sete anos, a produção eólica offshore seria maior nos períodos em que os níveis hídricos estivessem reduzidos.

“Segundo a análise, a variabilidade anual da energia eólica offshore seria significativamente inferior à da energia hidrelétrica em grande parte do país. Logo, se implementada em grande escala, a energia eólica offshore pode oferecer uma ‘proteção energética’ para anos com secas inusitadas, como foi observado, por exemplo, na última década”, apontou o relatório de acordo com o “InfoMoney”.

O Banco Mundial também ressaltou que as eólicas offshore só poderiam ser capazes de compensar a variabilidade da produção hídrica se atingirem escala suficiente, com uma aposta mais agressiva do Brasil na fonte do que atualmente é almejado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Casa dos Ventos investirá R$ 2,1 bilhões em energia eólica na Bahia

A Casa dos Ventos investirá R$ 2,1 bilhões em nove empreendimentos de energia eólica nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado.

Também foi anunciado que o Grupo Rio Energy atuará na geração de energia solar em Bom Jesus da Lapa, onde serão investidos R$ 900 milhões, em seis projetos. Já a Pan American Energy, está aplicando R$ 3 bilhões em 10 parques para a produção de energia eólica nos municípios de Ibitiara, Boninal, Novo Horizonte, Piatã, Brotas de Macaúbas e Oliveira dos Brejinhos.

Somente em fevereiro deste ano, o Governo do Estado, por meio da SDE, anunciou a atração de novos investimentos para 13 municípios fora da Região Metropolitana de Salvador (RMS), além de Salvador, Lauro de Freitas, Candeias e Camaçari, através da assinatura de 28 protocolos de intenções.

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