Green Energy Report

Hidrogênio verde deve gerar até 10 mil empregos no Piauí

O presidente da Agência de Atração de Investimentos Estratégicos do Piauí S/A (Investe Piauí), Victor Hugo, concedeu, nesta terça-feira (28), coletiva de imprensa para apresentar os detalhes sobre os investimentos bilionários na produção de hidrogênio do Piauí e um balanço das viagens internacionais realizadas ao longo de 2023 pelo governador Rafael Fonteles.

Um dos resultados dessas viagens, na Semana Europeia de Hidrogênio, no dia 20 deste mês, a presidente da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, acenou o apoio para a construção da usina de hidrogênio verde em Parnaíba, no litoral do estado.

Com a usina já licenciada em Parnaíba, Victor Hugo explicou que o Piauí tem se tornado uma “meca” para os investidores neste setor em todo o mundo da área devido ao ambiente e recursos naturais propícios para a produção do combustível renovável. Isso porque, 70% do custo de produção do hidrogênio é associado à facilidade de água, zonas de processamento de exportação e incentivos fiscais.

“O Piauí apresenta um fator raro no mundo: abundância de sol, vento e água tanto no subsolo quanto nos rios. Esses três recursos, aliados à existência da Zona de Processamento e Exportação que temos localizada em Parnaíba, oferecem condições ideais para atração desses investimentos concretos no Piauí”, declarou o presidente.

Victor também ressaltou que, no mês de outubro, a empresa europeia Green Energy Park (GEP) assinou com o Governo do Piauí uma carta de intenções para o projeto de hidrogênio verde. O acordo prevê, com investimentos de 10 bilhões de euros (R$ 50 bilhões), a construção de um parque de hidrogênio verde em Parnaíba. “A expectativa inicial de produção é de 5GW de amônia verde por ano”, complementa o presidente.

Investimentos iniciais

De acordo com Victor Hugo, serão investidos em torno de 14 bilhões de euros (60 bilhões), para garantir o parque de energia verde com uma instalação de produção de 10 gigawatts de hidrogênio limpo e amônia. Para isso, também será construído o terminal de amônia no Porto de Luís Correia, que será utilizado para receber o H2V em estado de amônia e garantir a logística pelos canais de acesso da Europa.

Para garantir a produção de hidrogênio verde, o projeto vai precisar passar por fases até 2035, sendo a primeira etapa prevista para ser inaugurada em 2027. “Para garantir a competitividade do potencial energético do Piauí, precisaremos estabelecer um cronograma mais detalhados às empresas e garantir condições de exportação e produção do combustível”, detalha o presidente. “É um projeto minucioso, bem complexo, mas que conta com investimentos e ações concretas por parte do estado para que se torne realidade”, complementa Victor.