Uma parceria envolvendo o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec), a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE) pretende qualificar cerca de 1,3 mil pessoas em São Gonçalo do Amarante, município onde se localiza o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
O objetivo dos parceiros é unir esforços para proporcionar capacitação baseada na alta demanda no município por profissões específicas e na nova agenda de desenvolvimento do Ceará, que inclui o Hidrogênio Verde (H2V). O Centro Vocacional Técnico (CVTec) São Gonçalo do Amarante, localizado próximo (CIPP), realiza estudos sobre os potenciais dessa nova cadeia, que deverá proporcionar ao Ceará um espaço de protagonismo. Uma turma iniciada em agosto deste ano, com carga horária de 104 horas-aula, encerra o curso nesta terça-feira (5), com 24 concluintes.
“Queremos que nossos jovens sejam protagonistas desse momento histórico tão significativo para nosso estado. Unindo governos, instituições e a iniciativa privada, teremos uma chance de ouro de gerar grandes profissionais para essa revolução energética que é o hidrogênio verde. Em São Gonçalo do Amarante, colocamos nosso CVTec a serviço da formação e qualificação da população para que toda a cadeia do H2V seja representada por cearenses”, destaca Acrísio Sena, diretor-presidente do Centec, Organização Social (OS) contratada pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), para executar ações no âmbito da educação profissional e tecnológica no Estado.
Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) já preveem vagas específicas para essa área. Segundo pesquisa realizada pela Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), suas associadas pretendem criar ainda neste ano 320 vagas com funções dedicadas ao hidrogênio verde. Eduardo Amaral, presidente da Aecipp, ressalta a importância do alinhamento entre empresas, associações, governo e instituições de capacitação, como o Instituto Centec, para que o Ceará aproveite ao máximo todas as oportunidades oriundas desse novo mercado.
“Temos uma grande janela de oportunidades com o hidrogênio verde e precisamos aproveitá-la. Na Aecipp, estamos discutindo com entidades como IFCE, Instituto Centec e Sesi acerca da importância de qualificar a mão de obra para esse mercado em tempo hábil. Estima-se 100 mil empregos dentro da cadeia de hidrogênio verde no Estado. Por isso, precisamos desenvolver essa mão de obra para abraçar as oportunidades que estarão disponíveis”, diz Eduardo Amaral.