A produção de energia limpa através dos ventos está aproximando relações entre Brasil e Colômbia. A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), destacou que o país vizinho, que tem no petróleo o carro-chefe das exportações, anunciou o foco em investimentos também no setor de energias renováveis e enxerga o Brasil – e o Rio Grande do Norte – como aliados nesse movimento.
Segundo o Ministério de Minas e Energias da Colômbia, o potencial de produção de energia eólica, na costa da Colômbia, chega a 25 Gigawatts (GW), assim como a projeção é que mais de 50 mil empregos sejam criados, bem como 27 bilhões de dólares investidos na atividade até 2050.
Dessa forma, o Brasil entra como um parceiro estratégico, uma vez que o país conta com um dos melhores centros referências em energias renováveis da América Latina. O interesse da parceria, inclusive, partiu do Centro Interamericano para o Desenvolvimento do Conhecimento na Formação Profissional, da Organização Internacional do Trabalho (Cinterfor).
Em nota, a representante do Cinterfor, Anaclara Matosas, pontuou que o objetivo da parceria é criar um intercâmbio entre as nações, de modo que uma estratégia de fortalecimento do conhecimento e das capacidades das equipes de instrutores (de educação) da Colômbia seja criada. É o que espera, o Serviço Nacional de Aprendizagem da Colômbia, o Sena.
“O Sena apresentou ao Cinterfor o interesse em gerar espaços formativos para os seus instrutores em temas ligados a energias renováveis, uma área com crescimento potencial de emprego enorme e com necessidade de formação profissional atualizada. Nós sabemos que o SENAI tem um grande trabalho em desenvolvimento nessa área, então promovemos a conexão entre as duas instituições. Viemos conhecer o laboratório que lidera o assunto no Brasil porque, assim como o SENAI, o Sena tem a missão de trabalhar a educação profissional para o país deles” explica Matosas.
Durante o encontro e visitas no Brasil, a especialista ainda reforçou a importância do SENAI para o aprendizado colombiano, bem como seu papel relevante em cooperações que contribuem para o fortalecimento de ações nesse campo.
“O que está acontecendo entre o SENAI e o Sena será conhecido na rede e outros países vão saber que o SENAI está fortalecendo isso, que está oferecendo cooperação e que através do Cinterfor podemos canalizar o que for preciso. Porque, ao final de tudo, o objetivo é fortalecer as pessoas, para que tenham um emprego decente, digno, melhorando sua empregabilidade e embarcando em uma trajetória de trabalho e de educação exitosa”, finalizou ela.
Com informações do Canal Eólica BR