Segundo novo relatório sobre o insumo, aumento foi de 1,4% em 2023, ante 2022
Pela primeira vez na história, a demanda mundial por carvão ultrapassou a marca dos 8,5 bilhões de toneladas em um ano. Segundo novo relatório sobre o insumo, divulgado pela Agência Internacional de Energia (IEA), o crescimento em 2023 foi de 1,4% ante 2022.
De acordo com a IEA, o estudo aponta ainda uma tendência de redução no consumo global do insumo de 2,3% até o ano de 2026. Essa é uma estimativa considerada pela Agência como inédita em mapeamentos do segmento.
“Vimos, algumas vezes, quedas na demanda global de carvão, mas foram breves e causadas por acontecimentos extraordinários, como o colapso da União Soviética ou a crise da covid-19. Desta vez parece diferente, já que o declínio é mais estrutural, impulsionado pela expansão formidável e sustentada das tecnologias de energia limpa”, explicou Keisuke Sadamori, diretor de Mercados Energéticos e Segurança da IEA.
A perspectiva de queda fica mantida mesmo sem novas políticas de incentivos para as fontes renováveis de energia e de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. A IEA disse ainda que há grande expansão da capacidade de energia renovável já prevista para início de operação comercial nos próximos três anos.
O consumo deverá diminuir de forma mais expressiva na maioria das economias avançadas em 2023, incluindo quedas recordes, na casa de 20%, na União Europeia e nos Estados Unidos. Entretanto, a procura nas economias emergentes e em desenvolvimento deve continuar forte, aumentando 8% na Índia e 5% na China neste ano, dado o aumento do consumo de energia e a fraca produção hidrelétrica.