Green Energy Report

Pobreza energética pode ser resolvida com energia solar, avalia ONG

A energia solar é a melhor solução para levar eletricidade para regiões remotas do Brasil e atender populações em situação de pobreza energética. Esta é a tese defendida pela ONG Litro de Luz, que visa resolver os problemas de acesso à energia elelétrica principalmente no norte do Brasil, destacando que a iniciativa se destaca pela versatilidade e baixo custo.

A gerente de marketing e parcerias da ONG Litro de Luz, Tayane Belem, aponta que atualmente cerca de 1,7 milhão de pessoas não possuem acesso à energia elétrica no país. “Estamos falando de um número muito concentrado no Norte do Brasil, onde quase um milhão de pessoas não possuem esse acesso. É uma contradição, porque a região é a que mais produz energia para os sudestinos”.

A Litro de Luz é uma organização especializada em levar soluções sustentáveis de iluminação para populações de baixa renda, também capacitando moradores para a instalação, replicação e manutenção da tecnologia.

Belem explica que a organização atende cerca de 15 países e que no Brasil eles atuam principalmente em comunidades ribeirinhas. “Em quase 10 anos de Litro de Luz são mais de 30 mil impactados, chegando a quase 150 comunidades iluminadas com cerca de 5 mil soluções, montadas junto com os moradores”.

A energia solar fotovoltaica é uma alternativa viável para substituir os geradores a diesel que, além de poluentes, têm manutenção mais difícil e cara. A energia fotovoltaica faz uso de um recurso infinito, a luz solar, para produzir eletricidade. A tecnologia ainda tem uma característica modular, que permite instalações descentralizadas e de diferentes portes. Os custos e o tempo de instalação de um gerador solar são menores do que levar uma rede elétrica para uma região isolada.

Essa solução já mudou a vida de diversas famílias no Brasil. Um exemplo é a iniciativa pública “Energias da Amazônia”, que até 2030 irá investir R$5 bilhões para viabilizar a transição dos sistemas isolados da Amazônia, que utilizam métodos poluentes para gerar energia.