Projetos do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) com foco em energia eólica offshore foram destaques, nesta segunda-feira (08), no portal de notícias holandês offshoreWIND.biz. A reportagem “Brazil Installs Largest Offshore Wind Resource Measurement Network in Equatorial Margin Region” (Brasil instala maior rede de medição de recurso eólico offshore na região da Margem Equatorial”) – publicada como manchete do portal até o final da manhã – o veículo chama a atenção para o avanço do maior mapeamento em curso no país para identificar o potencial energético nessa área, desenvolvido pelo ISI-ER em convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os estudos abrangem 38,6% do litoral do Brasil – área conhecida como Margem Equatorial Brasileira, com seis pontos de medição distribuídos do Rio Grande do Norte ao Amapá. “Nós vamos precisar de pelo menos um ano, ou seja, de um ciclo climático completo, para validar a nossa modelagem, mas a ideia é que os equipamentos que instalamos sejam utilizados também depois desse período, como estações de medição permanentes”, diz o coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento do ISI-ER, Antonio Medeiros.
A instalação do último equipamento – um sensor óptico conhecido como LIDAR (Light Detection and Ranging) – foi concluída na última quarta-feira (3), no município de Paracuru, no Ceará. Agora, a expectativa do Instituto é apresentar os resultados que serão obtidos na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro de 2025, no Pará. As medições do projeto começaram no início de 2022.
Rodrigo Mello, diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI, observa que o estudo oferecerá uma contribuição significativa para o desenvolvimento desta nova fronteira no Brasil. “Os resultados dessas medições oferecerão dados primários para a validação de simulações, com a redução da incerteza do potencial energético da Margem Equatorial. Isso fará com que esses investimentos sejam otimizados. Ter esses dados é uma questão de fortalecimento do ambiente de atração de negócio para essa nova atividade industrial que será muito importante para o Brasil”, analisa.
O Rio Grande do Norte lidera a produção brasileira de energia eólica em terra e possui uma das zonas de investimentos potenciais também no offshore, com 14 projetos à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).