Possível parceria movimentou o mercado de energia e apresentou potencial para criar maior distribuidora de combustíveis do Brasil
A proposta da Eneva (B3: ENEV3) de “fusão de iguais” foi recusada pela Vibra Energia (B3: VBBR3). Juntas, as empresas somam valor de mercado de R$ 47 bilhões (R$ 20,7 bilhões da Eneva e R$ 25,88 bilhões da Vibra), têm potencial para criar a maior plataforma de energia térmica e renovável do Brasil.
No comunicado assinado pelo CFO da Vibra, Augusto Ribeiro Júnior, a companhia recusou a proposta de união de operações por meio de uma troca de ações em que cada uma das empresas ficaria com 50% da sociedade resultante da fusão.
Na recusa, o CFO disse que a Vibra está observando o mercado com atenção para oportunidades de transações, mas que possui “grande disciplina em termos de coerência estratégica e alocação de capital”.
“O Conselho de Administração analisou a proposta e acreditamos que a relação de troca indicada é injustificável. Fica evidente que os termos de troca propostos para a combinação pretendida pela Eneva não possuem qualquer atratividade para os acionistas da Vibra”, afirmou Augusto Ribeiro Júnior.
Apesar da firmeza em recusar inicialmente a proposta, a Vibra se deixa em aberto para receber maior esclarecimento sobre a proposta de governança corporativa pretendida com a fusão.
“Não entramos no mérito estratégico de uma possível fusão neste momento. Contudo, as potenciais sinergias indicadas na Proposta precisam ser aprofundadas e foram, em grande medida, baseadas na solidez da nossa própria estrutura de capital e base única de clientes”, afirmou.