Com US$11,6 trilhões de ativos sob o seu guarda-chuva, a BlackRock (BLAK34) sustenta, há tempos, o status de maior gestora do planeta. Ainda assim, o CEO da empresa, Larry Fink, não apresenta nenhuma acomodação com essa posição.
Nesta quinta-feira (12), a companhia americana anunciou uma série de metas e projeções como parte de um plano para chegar a um valor de mercado de US$280 bilhões em cinco anos.
Um dos caminhos para tornar essa ambição em realidade envolve uma trilha paralela às origens da BlackRock nos mercados públicos. Esse curso passa pelo intuito de captar o montante de US$ 400 bilhões para o seu braço de investimento privado.
Ao escolher esse trajeto, a gestora reforça sua disposição em competir com alguns dos players gigantes no segmento de ativos alternativos. Entre eles, nomes como Blackstone, Apollo Global Management e KKR, conforme destacado no jornal britânico Financial Times.
Últimas aquisições da BlackRock
Seguindo esse rumo, em 2024, a BlackRock fez movimentos como o investimento de cerca de US$ 2 bilhões nas aquisições da GIP (Global Infrastructure Partners), da gestora de investimentos em crédito HPS Investment Partners e na provendora de dados sobre fundos privados Preqin.
Incorporada à gestora, a GIP, por sua vez, tem se mostrado ativa em aquisições, o que pode ser exemplificado por acordos como o acordo realizado em março, para a compra de dezenas de portos, incluindo duas estruturas em ambos os lados do Canal do Panamá, pela bagatela de US$22,8 bilhões.
Além disso, a empresa se associou com a Microsoft para captar um novo fundo de investimentos em inteligência artificial, planejando levantar US$30 bilhões.
Nesse cenário, a BlackRock estima que uma fatia de 30% ou mais de receitas venham das áreas de investimentos privados e de negócios, sobretudo tecnologia. Em 2024, os dois seguimentos somados contribuíram por 15% dessa linha.
As ações da companhia registravam um ligeiro recuo de 0,41% por volta das 12h (horário local) na Nyse (Bolsa de Nova York), cotadas a US$ 989,28. No ano, as ações acumulam uma queda de 17,9%, deixando a gigante gestora americana com um valor de mercado de US$ 153,2 bilhões.