Em breve, os passageiros que embarcarem pelo Aeroporto de Guarulhos terão uma experiência exclusiva com a inauguração do terminal VIP projetado pelo BTG Pactual (BPAC11).
Localizado ao lado do terminal 3, este será o primeiro terminal desse tipo na América Latina, inspirado em modelos de cidades renomadas como Londres, Zurique, Los Angeles e Atlanta.
O terminal idealizado pelo BTG Pactual (BPAC11), que levará o nome do banco, proporcionará aos passageiros um processo de embarque diferenciado. Eles poderão realizar o check-in, despachar suas bagagens e passar pela imigração e alfândega de forma separada e sem enfrentar filas.
Além disso, o embarque e desembarque das aeronaves ocorrerão diretamente do terminal, com um serviço de transporte de luxo levando os passageiros até a entrada do avião.
O espaço oferecerá também um serviço de “alta gastronomia”, com opções de pratos à la carte, salas de reuniões privativas e presidenciais, além de suítes para os passageiros descansarem antes do voo (disponíveis mediante pagamento adicional).
O acesso ao terminal será mediante o modelo pay per use, com uma taxa de US$ 590 (R$ 3.000 na cotação atual) por uso, exigindo reserva antecipada através do site. A capacidade do terminal será de até 100 passageiros por dia, embora a expectativa inicial do banco seja uma ocupação mais baixa.
“Tem um ramp up natural,” Daniel Epstein, membro do time de investimentos proprietários do BTG, afirmou relacionado ao novo terminal VIP do aeroporto.
“Mas esse terminal sempre vai operar com um fluxo de passageiros pequeno, para que não haja nenhum risco de um gargalo ou atraso. Vai ser uma movimentação muito fluida e rápida”, completou.
BTG Pactual (BPAC11) faz parceria com GRU Airport
O BTG Pactual (BPAC11), em parceria com a GRU Airport, conquistou o direito de construir e operar o novo terminal VIP de Guarulhos por meio de um processo competitivo em 2022.
A AEPM, empresa canadense vencedora do processo, foi adquirida pelo fundo do BTG, que posteriormente comprou toda a participação da AEPM, assumindo 100% do capital do terminal.
O contrato firmado com a GRU segue o modelo de cessão de uso, onde o BTG pagou uma outorga inicial e a GRU receberá uma porcentagem da receita da operação, com um valor mínimo acordado.
O contrato tem uma duração de 40 anos, superando o prazo da concessão da GRU, o que exigiu a aprovação da Secretaria Nacional de Aviação Civil.
Daniel Epstein, do BTG, mencionou que o investimento total para a construção do terminal é de R$ 80 milhões, com as obras em andamento desde o controle assumido pelo BTG no ano passado, prevendo-se sua conclusão nos próximos meses.
A principal fonte de receita do terminal será derivada das taxas de acesso, embora o BTG não tenha divulgado estimativas de faturamento. Com uma ocupação de 50%, a receita anual das taxas de acesso poderia chegar a cerca de US$ 10,7 milhões.
Além disso, o banco está em negociação para parcerias com marcas que terão espaços exclusivos no terminal, incluindo o transporte de luxo oferecido aos passageiros.