Minério de ferro

Mineradoras globais reforçam confiança na demanda da China

O diretor comercial do Grupo BHP, Rag Udd, apontou que as políticas de estímulo recentes indicam um cenário de crescimento

Minério de ferro
Minério de ferro / Foto: Divulgação/Vale

As grandes mineradoras seguem confiantes na demanda de minério de ferro no longo prazo da China, mesmo em meio a desafios. Durante a 7ª Exposição Internacional de Importação da China, iniciada na terça-feira (5), em Xangai, executivos do setor reforçaram seu otimismo sobre o mercado chinês.

O diretor comercial do Grupo BHP, Rag Udd, apontou que as políticas de estímulo recentes indicam um cenário de crescimento econômico estável na China, impulsionando a demanda por recursos.

Bold Baatar, diretor comercial da Rio Tinto, destacou a resiliência econômica chinesa e os fundamentos sólidos que sustentam a demanda elevada por aço no país.

A Vale (VALE3), representada por Xie Xue, enfatizou que a taxa de urbanização da China deve crescer dos atuais 66% para 80% ou mais, sustentando a demanda de longo prazo por habitação. Segundo a “Exame”, esse fator, aliado ao crescimento da indústria, deve manter a demanda por minério de ferro em alta no país.

Mariana: mineradoras farão 1º pagamento do acordo de reparação em 1 mês

As mineradoras Vale (VALE3), Samarco BHP farão o primeiro pagamento do acordo de reparação de Mariana, em Minas Gerais, onde a barragem de rejeitos de minério de ferro do Fundão rompeu-se, deixando 19 mortos, centenas de desabrigados e comunidades, florestas e rios devastados.

O valor representará a primeira parcela dos R$ 5 bilhões estabelecidos para este ano. Os valores anuais variam entre 4,41 bilhões de reais, previstos para a última parcela, em 2043, e 7 bilhões de reais, o mais alto a ser pago em um ano, em 2026, segundo comunicado do Palácio do Planalto.

O acordo prevê o pagamento de R$ 132 bilhões, dos quais 100 bilhões de reais representam “novos recursos” que devem ser pagos ao poder público em até 20 anos pelas empresas envolvidas na tragédia.

Os outros R$ 32 bilhões serão destinados ao custeio de indenizações a pessoas atingidas e de ações reparatórias que permanecerão sob sua responsabilidade, além dos 38 bilhões de reais que as empresas dizem ter desembolsado.