ESG

ESG: startup referência em economia circular já movimentou R$ 15 mi

Para Saville Alves, fundadora da SOLOS, objetivo da iniciativa é transformar a economia circular em uma realidade tangível e promover sustentabilidade

Startup sustentabilidade
Foto: freepik

A SOLOS, startup de promoção de ações sustentáveis para mitigar os impactos ambientais e reduzir os resíduos urbanos, já realizou investimento da ordem de R$ 15 milhões em iniciativas ESG (práticas ambientais, sociais e de governança, em português) pelo Brasil.

Com atuação nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul, a startup já impactou cerca de 2 milhões de pessoas, gerou mais de 1400 toneladas de materiais reciclados e R$ 3,6 milhões de reais em renda para cooperativas e catadores autônomos.

Para Saville Alves, empresária por trás da SOLOS, o objetivo central da iniciativa é “transformar a economia circular em uma realidade tangível e inspirar todos aqueles que almejam um futuro mais sustentável e inclusivo”.

Os princípios de ESG estão presentes, inclusive, na cadeia produtiva da empresa: com uma equipe composta por 80% de mulheres, ela valoriza e promove a presença feminina em todos os níveis da organização.

“Inicialmente, a presença feminina em nossa equipe era orgânica, refletindo minha própria identidade. Mas agora, tornou-se uma missão intencional, assim como promover a diversidade em todas as suas formas e manter nossa matriz no Nordeste”, pontua Saville.

Investimento em ESG será tendência no mercado em 2024, dizem especialistas

As iminentes mudanças climáticas cada vez mais radicais somadas às perspectivas conservadoras em consenso no mercado sobre o crescimento econômico para 2024 levam os analistas a projetar uma onda de adesão às práticas ESG durante este ano.

Especialistas consultados pelo BP Money apontam que a tendência deve acontecer tanto por parte dos investidores, que devem aplicar mais em empresas com focos sociais, governamentais e sustentáveis, quanto pelas próprias empresas, que estão cada vez mais propensas a se interessar pelas pautas.

Os números não deixam mentir. Entre 2021 e 2026, é projetado um aumento de 12,9% ao ano nos fundos de investimento globais focados em ESG, passando de US$ 18,4 trilhões para US$ 33,9 trilhões. Esses investimentos representarão aproximadamente 21,5% do total de ativos gerenciados globalmente, conforme dados da consultoria PwC.

Essa tendência de crescimento não é exclusiva do cenário internacional. No Brasil, uma das principais direções corporativas esperadas para o próximo ano é a agenda ESG. É o que aponta outro estudo, desta vez pela EY, com foco no cenário doméstico, que afirma que 99% dos investidores utilizam as divulgações ESG das empresas como parte de suas decisões de investimento.

Além disso, o levantamento aponta que 78% dos investidores consultados defendem que as empresas devem realizar investimentos voltados para questões ESG que sejam pertinentes aos seus negócios, mesmo que isso resulte em uma redução nos lucros em um horizonte de curto prazo.

Dessa maneira, torna-se fundamental antecipar as direções relativas ao assunto para o ano seguinte e estar devidamente capacitado para gerenciar investimentos e questões de ESG em 2024.