A diretora do Fed (Federal Reserve), Michelle Bowman, tornou-se a primeira diretora do Banco Central dos EUA a votar contra uma decisão de política monetária desde 2005, negando ao presidente Jerome Powell um consenso em um momento crucial para a política monetária do país.
Todos os outros 11 membros votantes concordaram com a redução da taxa de juros do Fed em 0,50 p.p (ponto percentual). Bowman, de acordo com o Fed, votou por um corte de 0,25 pp
Dos 19 membros do Fed que participaram de cada reunião de política monetária, apenas 12 votaram na decisão. O grupo votante inclui oito membros permanentes — sete compõem o conselho do Fed, e o outro é o presidente do Fed de Nova York.
As dissidências entre os diretores do Fed não eram raras antes de 1995, mas, desde então, foram os presidentes que representaram a maioria esmagadora das mais de 90 dissidências nesse período. No geral, os presidentes buscam o consenso nas decisões.
“Acho que somos uma organização voltada para o consenso”, disse Powell, de acordo com o “InfoMoney”. A declaração foi feita após a reunião de julho.
Fed corta juros dos EUA em 0,50 p.p., para 4,75% a 5%
O Fomc (Comitê de Mercado Aberto), do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, anunciou nesta quarta-feira (18) o corte da taxa básica de juros de 0,50 p.p.
A taxa, que estava no intervalo de 5,25% a 5,50% desde julho de 2023, foi reduzida para 4,75% a 5% ao ano. Trata-se do primeiro corte em mais de quatro anos, período em que o banco central norte-americano impôs condições restritivas para conter a inflação.
O banco havia elevado a taxa 11 vezes a partir do início de 2022 e matinha os juros em patamares elevados desde julho de 2023.
Havia uma grande expectativa em torno do primeiro corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em mais de quatro anos. Desse modo, o anúncio do Fed veio como esperado pelo mercado nacional e internacional.