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Inteligência Artificial (IA)/ Foto: Divulgação

Apesar do “tarifaço” do presidente dos EUA, Donald Trump, bem como de enormes incertezas, o comércio mundial poderá crescer 2,4% em volume ainda em 2025, impulsionado pelo aumento de gastos com IA (Inteligência Artificial). Além disso, as trocas também aumentaram entre o resto do mundo, principalmente entre as economias emergentes.

O impacto das altas de tarifas unilaterais impostas pelos EUA só deve ser sentido no próximo ano. Ou seja, o comércio mundial de mercadorias deve se desacelerar em 2026, conforme projeções apresentadas pela OMC (Organização Mundial do Comércio).

Os bens relacionados à IA — incluindo computadores, semicondutores, servidores e equipamentos de telecomunicações — impulsionaram quase metade da expansão geral do comércio no primeiro semestre do ano, com crescimento de 20% em termos de valor em relação a 2024.

Apesar de o capital privado, especialmente no segmento de venture capital, ter apresentado algum arrefecimento na América Latina desde o pico de 2021-2022, os níveis atuais seguem bem acima dos observados antes da pandemia de Covid-19, como apontou o Valor.

IA está revolucionando a gestão financeira

Os diretores financeiros estão enfrentando um dos momentos mais transformadores da história da gestão corporativa. Com a ascensão da inteligência artificial (IA) e regulamentações mais rigorosas, o papel desses profissionais está se expandindo para além da administração tradicional. Em 2025, espera-se que esses líderes atuem como guardiões estratégicos da confiança, promovam eficiência e liderem transformações em um ambiente cada vez mais dinâmico e competitivo.

A implementação da IA no setor financeiro vem crescendo rapidamente. De acordo com um levantamento da consultoria Gartner, a adoção dessa tecnologia na área praticamente dobrou em 2024, permitindo a automação de tarefas repetitivas, a detecção de erros e a extração de insights valiosos a partir dos dados. Entre os principais casos de uso estão a automação da correspondência de faturas, a otimização de despesas com viagens e a gestão de crédito ao cliente. Essas aplicações têm impulsionado a produtividade e a eficiência das equipes, tornando-se uma prioridade para as organizações que buscam modernizar suas operações.

Apesar dos avanços, ainda há desafios significativos, principalmente no que diz respeito ao custo e ao retorno sobre o investimento (ROI). Estimativas indicam que os gastos com a implementação dessa tecnologia estão subestimados entre 500% e 1.000%, o que aumenta a pressão sobre os responsáveis pela gestão para identificar casos de uso que realmente tragam impacto econômico. A incerteza quanto aos resultados esperados faz com que muitas companhias hesitem em expandir seus investimentos, exigindo análises mais detalhadas antes da alocação de recursos.