A TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) notificou empresas chinesas de desenvolvimento de chips que suspenderá a produção de seus chips de IA (inteligência artificial) mais avançados, enquanto os EUA continuam impondo barreiras para limitar o avanço da China em IA.
Maior fabricante mundial de chips sob contrato, a TSMC comunicou aos clientes chineses que não produzirá mais chips de IA com processos avançados de 7 nanômetros ou menores a partir desta segunda-feira (8). As informações foram obtidas pelo Valor por meio de fontes próximas ao assunto.
Duas dessas fontes afirmaram que quaisquer fornecimentos futuros desses semicondutores estarão sujeitos a um processo de aprovação que, possivelmente, envolverá Washington.
As novas restrições da empresa podem afetar as ambições de gigantes chinesas como Alibaba e Baidu, que investiram significativamente no desenvolvimento de semicondutores para suas plataformas de IA, além de startups chinesas de design de chips que dependem da TSMC para fabricação.
Os EUA já haviam proibido empresas norte-americanas, como a Nvidia (NVDC34), de exportar processadores de ponta para o país asiático e estabeleceram um sistema de controle de exportações para evitar que fabricantes de chips ao redor do mundo que utilizam tecnologia dos EUA enviem processadores avançados de IA para a China.
Biden diz que EUA não apoiam independência de Taiwan
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou a posição de não apoio à independência de Taiwan, em resposta às eleições em que os eleitores desafiaram a China, concedendo ao Partido Democrático Progressista seu terceiro mandato consecutivo. Este partido tem buscado limitar a influência de Pequim na região.
“Não apoiamos a independência”, disse Biden aos repórteres no sábado, ao deixar a Casa Branca com destino a Camp David.
A declaração do presidente parece visar amenizar as preocupações da China, que esperava que o atual vice-presidente de Taiwan, Lai Ching-te, não fosse eleito presidente. Lai, que possui laços estreitos com os EUA, derrotou Hou Yu-ih, o candidato oposicionista do Partido Nacionalista, que se comprometeu a expandir o comércio e a diplomacia com a China.
A China há muito reivindica a ilha de Taiwan como seu território, e o presidente chinês, Xi Jinping, advoga pela unificação, recusando-se a descartar uma intervenção militar.