O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta terça-feira (30), o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, elaborado por cientistas a pedido do governo.Um dos destaques foi que o país não pode esperar pela IA desenvolvida nos EUA, Coreia do Sul ou Japão e precisa construir suas próprias ferramentas.
Ele afirmou que adotará medidas já na próxima semana para avançar a proposta. Além disso, enfatizou que a IA deve gerar empregos no país, não eliminá-los. “O que vocês apresentaram não pode ficar numa gaveta” disse o presidente na abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
“Na semana que vem, já vou me reunir com os ministros para apresentar a nossa proposta de política de inteligência artificial que vocês nos entregaram e, a partir daí, vamos tomar decisões para que isso aconteça de fato e de direito no nosso país”, declarou Lula.
Quanto à possibilidade da IA causar 16 milhões de desempregados, Lula comentou que “se for para isso, não quero”, afirmou.
“Temos que fazer com que esta seja uma fonte para que a gente gere emprego neste país”, frisou Lula.
O presidente aproveitou o momento para criticar as “big techs” – as gigantes de tecnologia mundial – por coletarem dados de usuários sem consentimento para treinar a inteligência artificial, sem pagar impostos e, posteriormente, lucrando com seu uso.
Lula: ‘não abrirei mão da responsabilidade fiscal’
Em pronunciamento à nação através da rádio e TV no domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um balanço do seu governo até então e reforçou o compromisso com o fiscal. Lula também mencionou a aprovação da reforma tributária e os benefícios à população.
“Estou mais otimista do que nunca. Queremos um Brasil que cresça para todas as famílias brasileiras. Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho”, disse Lula.
“É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne”, continuou.
A fala de compromisso em relação à responsabilidade fiscal acontece poucos dias após o anúncio de congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024, para o cumprimento do arcabouço fiscal. Mais detalhes sobre a contenção estarão disponíveis na terça-feira (30).