Meta, empresa do bilionário Mark Zuckerberg, vai comprar energia nuclear da maior operadora dos EUA, a Constellation Energy. Impulsionada pela demanda crescente da inteligência artificial por eletricidade.
A empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp assinou um contrato de 20 anos para comprar 1.121 megawatts da usina Clinton, em Illinois, nos EUA, a partir de meados de 2027, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (3).
Ainda não foram divulgados detalhes e valores financeiros. Entretanto, a Constellation investirá no aumento da capacidade da usina Clinton e já possui aprovação federal para uma construir um novo reator no local.
Fonte renovável
A energia nuclear tem sido destaque e uma das maiores beneficiadas pelo aumento da demanda elétrica estimulada pela demanda por inteligência artificial. Embora o setor de tecnologia também utilize outras energias renováveis, como solar e eólica, a natureza intermitente dessas fontes faz com que a eletricidade gerada por usinas nucleares, além de gás natural e queima de combustíveis fósseis sejam mais demandadas.
A energia atômica ainda tem vantagem, seguindo no mesmo caminho das energias de placas fotovoltaicas (solar) e de aerogeradores (eólica), sendo considerada renovável e não emitindo poluentes que afetam o Meio Ambiente.
A Meta chegou a quase triplicar seu consumo total de eletricidade, somente entre 2019 e 2023. O acordo com a usina Clinton ocorre após a Microsoft fechar contrato para comprar energia da usina Three Mile Island, na Pensilvânia, em novembro.
Conta alta
Embora as contas de energia das gigantes de tecnologia representem apenas uma fração dos custos do setor, sua enorme demanda impulsiona o crescimento do consumo energético, não só para grandes operadoras nucleares, mas para todas as fontes.
Relatórios ambientais das empresas apontam um aumento significativo no consumo, com as emissões da Microsoft crescendo 30% e as do Google beirando uma alta de 50% se comparado com anos anteriores. Executivos do setor energético alertam que, sem avanços tecnológicos o mundo não terá oferta suficiente para sustentar o crescimento da IA.