O início do ano é uma nova oportunidade para refletir e reavaliar os hábitos financeiros, traçando novos planos para o futuro. Pensando nisso, o BP Money consultou especialistas que trouxeram 10 dicas de como você pode se reorganizar financeiramente e não começar 2025 no vermelho.
Segundo a economista Izabel Rocha, muitas vezes o endividamento e a dificuldade de economizar ou fazer um planejamento não estão limitados apenas à ausência de recursos, mas às decisões impulsivas, ou seja, ao comportamento.
“Reconhecer esses padrões comportamentais é essencial para adotar estratégias que promovam o equilíbrio financeiro”, disse a especialista.
De acordo com os especialistas, esse processo pode ser doloroso — pois exige autoavaliação —, mas possibilita identificar os gargalos e entender o que precisa ser ajustado.
Rodrigo Marin, contador e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Universidade Cruzeiro do Sul, destaca a importância de fazer um orçamento realista que priorize os gastos essenciais e direcione parte da renda para investimentos. “Agora, se você está endividado (no vermelho), pagar suas dívidas deve ser sua prioridade número 1, pois dívidas nos consomem tanto física quanto emocionalmente. Converse honestamente com seus credores, buscando as melhores condições (redução de juros ou mais parcelamento) que caibam no seu orçamento”, disse Marin.
“Pense no novo ano também como uma oportunidade para criar uma reserva de emergência. Ainda que inicie com valores pequenos, a ideia é formar uma reserva de no mínimo 6 meses dos seus gastos mensais, podendo chegar a um ano, dependendo da realidade da sua área ou profissão, especialmente se a recolocação demorar um pouco mais”, acrescentou Marin.
É importante lembrar que o início do ano é o período em que se paga IPVA, material e matrículas escolares. Assim, economistas apontam que é essencial ter prudência nesse momento.
Confira 10 dicas para começar 2025 no azul e com ‘verdinhas’:
- Entenda suas emoções em relação ao dinheiro
Segundo os especialistas ouvidos pelo BP Money, muitas das decisões financeiras são guiadas por emoções, como ansiedade ou euforia. Antes de realizar uma compra, pergunte-se: “Estou comprando por necessidade ou por impulso?”. Identificar gatilhos emocionais pode ajudar a evitar erros comuns, como compras ocasionais ou feitas por pressão social. - Estabeleça metas
As finanças comportamentais mostram que metas significativas elevam a motivação para economizar. “Por exemplo, em vez de simplesmente ‘economizar’, estabeleça objetivos claros, como ‘guardar R$ 500 para minha viagem dos sonhos’”, comentou Izabel Rocha. Com isso, você conecta o ato de poupar a uma recompensa. - Use tecnologia para monitorar e automatizar decisões
Atualmente, há aplicativos financeiros que auxiliam no gerenciamento de gastos e até mesmo automatizam transferências para poupanças. Essa automação elimina a tentação de gastar e cria um sistema que favorece boas decisões. - Pratique o autoquestionamento regularmente
É importante fazer “check-ins” mensais para revisar seu planejamento e avaliar se suas decisões estão alinhadas com seus objetivos. Pergunte-se: “Isso está me aproximando ou me afastando das minhas metas?”. Essa prática contínua ajuda a manter o foco e evitar desvios. - Busque educação financeira
Por fim, e não menos importante, busque conhecimento sobre finanças. Aprender a controlar seus gastos, entender os juros que você pode pagar ou receber, conhecer investimentos e identificar que tipo de investidor você é, são passos essenciais para o desenvolvimento de uma base sólida para suas finanças.