A Bolsa de Valores brasileira, a B3 prevê uma série de novidades para este ano, incluindo a extensão do horário de pregão para a negociação de derivativos e contratos futuros, abrangendo também o bitcoin, a principal criptomoeda em valor de mercado. Além disso, está prevista uma revisão dos critérios para adesão ao segmento Novo Mercado.
Durante uma entrevista coletiva, o presidente da bolsa brasileira, Gilson Finkelsztain, afirmou que a B3 planeja estender o horário do pregão para negociações de derivativos do Ibovespa até o final deste ano. Além disso, com a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a bolsa pretende incluir o contrato futuro de bitcoin nesse horário estendido. A proposta é iniciar o pregão estendido entre 18h e 19h, com encerramento até as 22h.
“São dois produtos que já poderiam fazer um teste com o investidor para o horário estendido”, afirmou o presidente da B3. Segundo ele, essa extensão será um teste para a eventual ampliação do horário de negociações para outros instrumentos, incluindo ações.
A B3 explorou a possibilidade de estender o horário de negociação para contratos futuros de câmbio, discutindo a proposta com o mercado e reguladores. No entanto, a ideia não foi bem recebida. “Para poder se adequar a operar fora depois do mercado há um custo e um contrato como câmbio é muito relevante para alguns participantes que talvez tivessem uma dificuldade para operar nesse horário”, afirmou Finkelsztain.
Para 2025, a B3 tem em sua agenda a realização de discussões sobre a viabilidade da implementação de um pré-mercado para alguns instrumentos.
Presidente da B3 espera “alguns IPOs” em 2024, com robustez no 2S24
O presidente-executivo da B3 (B3SA3), Gilson Finkelsztain, afirmou nesta quinta-feira (18) que mais de 100 empresas estão se preparando para realizar abertura de capital no Brasil. No entanto, ele prevê apenas alguns IPOs em 2024, com um movimento mais robusto no campo de ofertas subsequentes.
Durante entrevista a jornalistas, o executivo estimou que “alguns IPOs vão se concretizar”. No entanto, ressaltou que esse tipo de operação “exige um mercado mais fluido, um fluxo mais robusto, uma dinâmica mais clara do juro chegando a um dígito e a inflação sob controle”.
“Estou mais cauteloso com IPOs”, afirmou o presidente-executivo da B3.
Finkelsztain destacou que percebe o mercado brasileiro em uma posição favorável em comparação a outros mercados emergentes para atrair investimentos. Ele apontou o cenário de crescimento do País, a capacidade de avançar em reformas, e a ausência de instabilidade política, conflitos e eleições como fatores contribuintes para essa perspectiva positiva.
O executivo complementou que persiste uma incerteza em relação à capacidade do Ministério da Fazenda de atingir a meta fiscal de déficit zero. No entanto, enfatizou que, mesmo que o resultado não alcance precisamente o zero, como é precificado pelo mercado, a situação está sob controle.