Dois homens foram presos na Estônia por um esquema de fraudes de mais de US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões na cotação atual) que usava criptomoedas como chamariz para pirâmide financeira e mineração de Bitcoin. A investigação é realizada pelo Departamento de Justiça dos EUA.
De acordo com as autoridades, Sergei Potapenko e Ivan Turõgin teriam criado a empresa HashFlare, que afirmava ter uma vasta operação de mineração de Bitcoin e oferecia que investidores, muitos deles dos EUA, alugassem parte da produção e recebessem uma fatia dos Bitcoins minerados, conforme o percentual alugado.
Segundo a publicação, a HashFlare tinha uma capacidade computacional para mineração de Bitcoin real de apenas 1% do total que propagavam. Quando os investidores pediam os pagamentos, a dupla tentava postergar ou até chegava a entregar criptomoedas que compravam no mercado e não com as que supostamente vinham do processo de mineração.
Além do golpe da empresa, eles também são acusados de convencer um grande grupo de pessoas a investir em uma moeda virtual que seria emitida por um banco chamado Polybius Bank e que pagaria dividendos.
Entretanto, essa empresa nunca existiu. Os estonianos são acusados de receber a quantia e depois usar companhias de fachada para lavar o dinheiro e ficar com os valores. As autoridades norte-americanas afirmam que os acusados levantaram ao todo US$ 575 milhões com os golpes.
“O tamanho e o escopo do suposto esquema são realmente surpreendentes. Esses réus capitalizaram tanto o fascínio da criptomoeda quanto o mistério em torno da mineração de criptomoedas para cometer um enorme esquema Ponzi”, disse o procurador dos EUA, Nick Brown, do Distrito Oeste de Washington, segundo o “Portal do Bitcoin”.
Potapenko e Turõgin estão sendo acusados de conspiração para cometer fraude eletrônica, 16 acusações de fraude eletrônica e conspiração para lavagem de dinheiro. Se forem considerados culpados, ambos podem pegar uma pena de até 20 anos de prisão.
O Departamento de Justiça dos EUA afirma que a operação em que prendeu a dupla que aplicou o golpe bilionário de bitcoin foi feita em conjunto com a Polícia de Crimes Cibernéticos da Estônia.