Ocasional

Campos Neto diz ser favorável à taxação de fundos exclusivos

Campos Neto ainda defendeu uma alíquota de 10% para aplicações offshore

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, revelou nesta quarta-feira (27) ser favorável à taxação de fundos exclusivos e de investimentos no exterior. Além disso, o banqueiro defendeu uma alíquota de 10% para aplicações offshore.

“Sobre a arrecadação de super ricos, sou a favor. Sou a favor de arrecadação com fundos exclusivos, sou a favor da arrecadação com offshore”, afirmou Campos Neto, em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

O presidente do BC ainda disse que o governo de Jair Bolsonaro (PL) chegou a discutir um projeto sobre taxação de fundos offshore, mas achava que a alíquota proposta tinha que ser mais alta.

“Eu pedi que fosse 10%, achei que era razoável, voltou com 6%, eu acho baixo, acho que tem que taxar mais”, pontuou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou em agosto medida provisória (MP) para instituir tributação periódica sobre os rendimentos de fundos exclusivos de investimento.

A medida foi preparada pela equipe econômica para compensar a redução de arrecadação decorrente da correção da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física.

Campos Neto defende manutenção da meta fiscal e harmonização com política monetária

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (27), em audiência na Câmara dos Deputados, que o Brasil defende a manutenção das metas fiscais já definidas e que há “boas notícias pela frente”.

“A gente tem um tema de harmonia de política monetária e fiscal, é importante. O sistema de metas de inflação precisa ter ancoragem fiscal também”, disse.

“De certa forma, hoje o importante é persistir na meta [fiscal]. A razão pela qual existe questionamento é que existem receitas adicionais para atingir esse número”, pontuou Campos Neto.

Apesar de reconhecer a dificuldade do governo em cortar gastos, o presidente do BC acredita que, mesmo que a meta fiscal não seja atingida, os agentes financeiros irão reconhecer os esforços estatais.

“Mesmo que a meta não seja cumprida, os agentes econômicos vão ver o esforço para cumprir”, relatou Campos Neto.

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