O FBI prendeu nesta quarta-feira (7) o executivo da empresa de blockchain e criptomoedas Blockparty, Rikesh Thapa, por indício de fraude eletrônica. De acordo com o Departamento de Justiça, entre os anos 2017 e 2019, ele teria gasto indevidamente cerca de US$ 1 milhão em dinheiro, bitcoin, criptomoedas e utility tokens em baladas, viagens e compra de roupas.
De acordo com o procurador Damian Williams, o executivo era responsável pela custódia de quantias consideráveis de dinheiro da Blockparty e, portanto, traiu a confiança da empresa ao usar fundos que estavam em uma conta pessoal, tentando em seguida mascarar a fraude.
A nota explica que os fundos estavam na posse de Thapa pelo motivo de na época ser difícil o relacionamento de empresas de criptomoedas com bancos, e, por conta disso, o executivo teria aceitado, em caráter temporário, manter o dinheiro da empresa em sua conta. Porém, ele acabou gastando o dinheiro que não era dele.
Thapa teria falsificado registros e excluído evidências para ocultar seu roubo, como a emissão para a empresa de extratos falsificados. Ele alegava para a empresa que estava apenas guardando os fundos “por segurança”.
O executivo, que agora enfrenta acusação de fraude eletrônica, deve ser julgado por um juiz federal do Distrito Sul da Califórnia. Caso seja condenado, ele pode pegar até 20 anos de prisão.
Morte de trader acusado de pirâmide bilionária vira mistério
Um trader espanhol chamado Javier Biosca, acusado de montar uma pirâmide financeira com criptomoedas que atingiu milhares de pessoas, morreu em 22 de novembro na cidade de Estepona, na Espanha. O golpe pode ter deixado um prejuízo próximo a 1 bilhão de euros, segundo o “Portal do Bitcoin”. A morte, inclusive, virou um mistério para as autoridades do local.
O caso está sendo investigado pelas autoridades como suicídio, pois o trader teria se jogado da janela do quinto andar de um hotel local, segundo o site do jornal “El País”. No entanto, outras reportagens revelam uma série de conflitos recentes que podem abrir brecha para outras interpretações sobre a morte.
Um desses conflitos foi o assassinato ordenado por credores ou máfias para as quais ele devia dinheiro. Biosca tinha histórico de prisão, ameaças e sumiço de dinheiro e bens de clientes, além de ostentar luxos na internet desde que passou a enganar pessoas com a empresa Algorithms Group, em 2019.