A redução na oferta de gás por parte da Rússia tem levado a um rali nos preços da energia na Europa, que agora atingem 600 euros por MWh. Com isso, o custo da energia pode chegar ser até seis vezes maior do que o cobrado no Brasil.
No Brasil, o MWh de energia tarifado do consumidor final varia entre R$503, em São Paulo, contra R$867, em Belém, fazendo com que o custo da energia seja até seis vezes menor que na Europa.
A principal diferença se dá pela estabilidade de tarifas proporcionada pela energia hidrelétrica, maior fonte de energia brasileira, contra o gás natural, cujo preço tem variado em função da redução da oferta por parte da Rússia.
A Rússia, que é responsável por enviar anualmente 55 bilhões de m3 de gás, reduziu as entregas em até 80% em julho deste ano. A maior preocupação por parte dos europeus se dá pela chegada do inverno, que eleva o consumo de gás residencial.
O resultado tem pressionado os preços cobrados ao produtor, que atingiram 37% de alta na Alemanha, maior resultado em quatro décadas.
Custo da energia pode chegar a consumir até 25% da renda de famílias inglesas
Mesmo na França, país com forte geração de energia nuclear, a redução na oferta de gás natural e as altas generalizadas de commodities ligadas ao setor energético têm pressionado a inflação.
No Reino Unido, no qual 25% da geração de energia vem de usinas eólicas, o resultado até o momento tem sido uma alta nas contas de luz que pode chegar a custar, em média, US$ 5 mil anuais para as famílias.
Na prática, o custo da energia pode chegar a consumir até 25% da renda de famílias inglesas.