Operação Ícaro

Diretor da Fast Shop é preso acusado de corrupção em operação do MP

Além de Gomes, foram presos o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e o fiscal de tributos estadual Artur Gomes da Silva Neto

Foto: Reprodução/LinkedIn
Foto: Reprodução/LinkedIn

O diretor estatutário da Fast Shop, Mario Otávio Gomes, foi preso na manhã desta terça-feira (12) no âmbito da Operação Ícaro, do MPSP (Ministério Público de São Paulo). Ele é acusado de participar de um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários do Departamento de Fiscalização da Secretaria da Fazenda do Estado.

Além de Gomes, foram presos o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e o fiscal de tributos estadual Artur Gomes da Silva Neto. Também estão sendo cumpridos diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.

Gomes foi detido em um apartamento na zona norte da capital. De acordo com informações de seu perfil em uma rede social, ele atua há 30 anos na Fast Shop, tendo ocupado inicialmente o cargo de diretor de tecnologia e, atualmente, o de diretor estatutário. A companhia é uma das grandes varejistas brasileiras especializadas em eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo.

Além de sua carreira como executivo no varejo, Gomes é produtor rural e mantém uma criação de bovinos leiteiros.

Investigação e implicações

Segundo o MPSP, o fiscal Artur Gomes da Silva Neto é apontado como o principal operador de um esquema de fraudes em créditos tributários que teria arrecadado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. De acordo com o Metrópoles, Artur ocupa o cargo de supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Fazenda estadual paulista.

As investigações apontam que o fiscal manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. Em contrapartida, recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe. Até o momento, foi constatado que ele recebeu mais de R$ 1 bilhão em propina.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As diligências seguem em andamento.