"Faraó do Bitcoin" terá que depositar R$ 19 bi em conta judicial

O montante será utilizado para pagar as vítimas que investiram na GAS Consultoria, empresa do Faraó do Bitcoin

O empresário Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó do Bitcoin”, terá que depositar R$ 19 bilhões em uma conta judicial, após a determinação da juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal. 

O montante deverá ser utilizado para pagar as vítimas que investiram em criptomoedas na GAS Consultoria, da qual o Faraó dos Bitcoins é dono. 

Mais de 120 mil investidores tentam a devolução de R$ 9,3 bilhões da empresa de Santos. Após o depósito, o dinheiro será repassado para uma conta da 5ª Vara Empresarial, do Tribunal de Justiça, e repassado para os clientes da GAS Consultoria.

Preso há mais de um ano, Santos terá 72 horas para cumprir a determinação judicial. A investigação, que está sendo realizada em conjunto por Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal, apontou que a GAS Consultoria movimentou cerca de R$ 38 bilhões.

“Faraó do Bitcoin” é processado pela CVM

Santos também está sendo processado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O órgão relatou ter juntado elementos suficientes para acusar Santos por operações fraudulentas e irregularidades no mercado de capitais brasileiro.

De acordo com o jornal “O Globo”, a CVM teve acesso às provas da Operação Kryptos, que prendeu o empresário em 2021. 

Durante a Operação Kryptos, os agentes da Polícia Federal apreenderam 591 bitcoins, dezenas de carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie.

Apesar de receber denúncias desde 2019, a CVM entendia que, mesmo que existissem indícios de pirâmide financeira, o caso não dizia respeito a valores mobiliários. Assim, o órgão não teria bases legais para acusar os envolvidos na esfera administrativa.

“Faraó do Bitcoin”: TRE do Rio barra candidatura a deputado

Santos também teve sua candidatura a deputado federal barrada, por unanimidade, pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral). 

O colegiado de desembargadores decidiu que ele deveria ficar inelegível por constar como sócio em empresas denunciadas por crimes contra o sistema financeiro nacional. O Faraó do Bitcoin ficou conhecido após ser acusado de aplicar um golpe bilionário em investidores do Rio de Janeiro.