A Justiça do Rio de Janeiro decretou na quinta feira (17) a falência da empresa GAS Consultoria e Tecnologia, controlada por Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, acusado de operar um esquema ilegal criptomoedas e pirâmides financeiras.
Segundo documentos do processo, a empresa do Faraó dos Bitcoins tem cerca de 127 mil credores e passivo de mais de R$ 9 bilhões. A PF afirma que a GAS movimentou em uma década quase R$ 40 bilhões. A falência foi decretada pela 5ª Vara Empresarial do Rio. A defesa tentava uma recuperação judicial da empresa.
Segundo o processo, a GAS oferecia a clientes um retorno mensal de 10% sobre o valor investido. A companhia foi alvo em agosto de 2021 da operação Kryptus, da Polícia Federal. Santos foi preso em uma mansão no Rio de Janeiro e milhões de reais foram apreendidos na casa na ocasião.
Bilionário brasileiro cai em pirâmide de Faraó dos Bitcoins
Com uma fortuna estimada pela Forbes em R$ 3,3 bilhões, o bilionário brasileiro Janguiê Diniz concedeu entrevista ao Flow podcast nesta semana, onde afirmou ter cometido erros, como o de ter sido um dos investidores da InterAG, uma pirâmide financeira comandada por Francisley Valdevino, o “sheik dos Bitcoins”.
Preso na operação Poyas, da Polícia Federal, o “sheik” fez algumas vítimas conhecidas, como Janguiê e Sasha Meneghel, que investiu R$1,2 milhão. Na entrevista, Janguiê mão fala em valores, mas estima-se que tenha perdido cerca de R$ 25 milhões.
Segundo o empresário, ele “buscou se certificar antes de investir, tendo escapado de outros golpes”.
O Sheik dos Bitcoins ficou conhecido por se associar à igrejas evangélicas, em uma tática usada por golpistas de se apropriar de credibilidade alheia, seja junto a políticos, artistas ou instituições.
O golpe do Sheik dos bitcoins consistia em garantir um retorno pelo aluguel das criptomoedas detidas por investidores. Outro famoso a cair no golpe foi Wesley Safadão, que recebeu em garantia ao investimento um jatinho.
De acordo com a Polícia Federal, o golpista é líder de um esquema que movimentou cerca de R$ 4 bilhões em fraude no Brasil, envolvendo pirâmide financeira com comercialização de criptomoedas. Ele está preso desde 3 de novembro, quando foi alvo de operação da corporação.