Criptomoedas

Fundador da FTX é condenado a 25 anos de prisão

O magistrado concordou com os procuradores, que afirmaram que o fundador da FTX “queria ser uma pessoa extremamente influente".

Foto: FTX/Reprodução
Foto: FTX/Reprodução

O fundador da FTX (empresa de criptomoedas), Sam Bankman-Fried, foi condenado a 25 anos de prisão nesta quinta-feira (28) por fraudar clientes e investidores. A decisão foi tomada por um tribunal de Manhattan.

Além da sentença, o juiz determinou o confisco de US$ 11 bilhões. Ele estabeleceu que os ativos confiscados do fundador da FTX podem auxiliar no financiamento do reembolso das vítimas no processo de falência da companhia.

O magistrado Lewis Kaplan declarou, antes de anunciar a sentença, que “de que este homem esteja em posição de fazer algo muito ruim no futuro, e não é um risco trivial”. As informações são da “CNN”.

Kaplan concordou com as pontuações dos procuradores, que afirmaram que Bankman-Fried “queria ser uma pessoa extremamente influente politicamente neste país” e que isso deu força aos seus crimes financeiros.

A pena de 25 anos ficou em torno da metade do solicitado pelos procuradores, mas ainda é vista como a maior pena em casos relacionados à fraude de colarinho branco.

Quanto tempo o fundador da FTX ficará preso?

Em casos federais nos EUA não há liberdade condicional, mas o fundador da FTX poderá reduzir sua sentença.

“Ele pode cumprir pena de ‘apenas’ 12,5 anos se receber todo o crédito de prisão disponível”, disse o ex-promotor federal Mitchell Epner.

Os presos federais podem conseguir até 54 dias por ano por bom comportamento. Isso pode resultar em uma redução de cerca de 15% da pena.

Contudo, desde 2018, os detentos não violentos conseguem reduzir suas penas em até 50%.

Além disso, Epner apontou que a Lei do Primeiro Passo, que fundamenta a redução de até 50% da pena, foi anunciada como uma medida de direitos civis para auxiliar infratores que foram presos por crimes não violentos de tráfico de drogas.

“Acabou sendo um enorme benefício para os réus de crimes de colarinho branco, que já recebem penas muito mais baixas do que os traficantes de drogas”, acrescentou.