Gama Investimentos divulga relatório mensal da estratégia Oaktree Global Credit

A Gama Investimentos reportou os informativos mensais, com o fechamento de maio deste ano, dos fundos da estratégia Oaktree Global Credit. Fundada em 1995, a Oaktree é uma das mais importantes gestoras globais, com aproximadamente US$ 150 bilhões em ativos sob gestão. 

São mais de 1000 investidores institucionais entre empresas, endowments e fundos de pensão, com mais de 1000 colaboradores em 14 países. 

Comentário mensal sobre a estratégia

O fundo procura gerar retornos totais atrativos e rendimentos atuais, limitando a volatilidade através da diversificação. Investimentos de portfólio incluem títulos globais de alto rendimento, empréstimos seniores, crédito estruturado, dívida de mercados emergentes e conversíveis selecionados com base em nossas avaliação do valor relativo. 

As alocações de carteiras entre setores de crédito e geografias são gerenciadas dinamicamente para aproveitar
condições de mercado em mudança.

De acordo com a análise do fundo, os mercados viram a volatilidade aumentar em maio em meio a preocupações de inflação recorde, ação do Fed e o impacto na economia. O S&P 500 e os títulos de alto rendimento dos EUA tiveram sete semanas consecutivas de perdas antes de subir mais de 6% e 3%, respectivamente, na última semana de do mês anterior. 

No entanto, intradiário, o S&P 500 caiu mais de 20% em sua alta, muitas vezes definida como um mercado em baixa. Os rendimentos dos títulos de alto rendimento também ultrapassaram 8% apenas pela quinta vez desde a crise financeira global. 

Vale salientar que no início do mês de maio, o Fed elevou as taxas de juros em 50 bps pela primeira vez em mais de 20 anos e anunciou que começaria a reduzir seu balanço em junho. 

Com o órgão ficando mais agressivo, o rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos ultrapassou 3% pela primeira vez desde dezembro de 2018, antes de cair quase 30 bps no final do mês em meio a crescentes preocupações em torno do crescimento econômico.

Com as taxas de juros mais baixas em maio, os títulos globais de alto rendimento (-0,1%) superaram os empréstimos seniores globais (-2,9%) pela primeira vez em 2022, mas ainda estão atrás dos empréstimos no acumulado do ano.

Em cima desse contexto, a carteira acabou tendo retorno negativo, assim como um desempenho inferior ao índice global de obrigações de alto rendimento e empréstimos sénior devido a
alocações para estratégias fora do benchmark que acreditam oferecer algumas das oportunidades de compra mais atraentes do mercado atual. 

Por exemplo, as parcelas de CLO, com classificação BB, foram negociadas a um preço em dólar na baixa dos anos 90 e com rendimentos acima de 10%. Essa parte do portfólio caiu menos de 1%
até abril, mas os preços caíram significativamente em maio (esperado com o aumento dos spreads de crédito).

A expectativa é que os CLOs permaneçam com pequenas perdas. Já a volatilidade nas participações de crédito estruturado imobiliário permanece relativamente baixa. A dívida dos mercados emergentes enfraqueceu no mês em meio a temores de aperto nas condições financeiras globais. 

Já os temores de um aumento na inadimplência no mercado imobiliário assustou os investidores, desafiando as empresas chinesas. As ações de tecnologia seguem com um cenário fraco. Porém, a alocação do portfólio permanece abaixo de 2%. “Agora, estamos girando mais dessa alocação em conversíveis menos sensíveis ao patrimônio (“busted”)”, diz a Gama.

A gestora destaca que tem aproveitado a recente volatilidade do mercado para fazer compras de ativos com desconto na maioria das estratégias, principalmente em crédito e dívida de mercados emergentes.