A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um homem acusado de tentar aplicar o “Golpe do Presente”. O suspeito foi até a casa de uma idosa, vestido como um entregador dizendo que tinha um presente para ser entregue a ela, mas que seria necessário pagar R$ 15 de taxa de entrega. Porém, ele havia digitado na máquina o valor de R$ 15,5 mil.
O homem conseguiu aplicar o “golpe do presente” e foi embora após ter passado o cartão da vítima. Porém, após a denúncia, foi preso nesta segunda-feira (29) em Ipanema, zona sul da capital fluminense, acusado de tentativa de estelionato.
A idosa notou o golpe ao receber uma notificação em seu celular. O suspeito havia tentado passar a quantia de R$ 15,5 mil em seu cartão de débito, mas a transação foi bloqueada pelo banco, devido ao valor. Foi então que a vítima ligou para a polícia.
“A senhora desconfiou da situação, chamou a gente, fomos até lá e trouxemos o acusado para a delegacia. Verificamos que ele já aplicava esse golpe em São Paulo e próprio acusado confessou, dizendo: ‘Lá esse crime está batido, por isso vim para o Rio'”, disse a delegada Daniela Terra, titular da 14ª DP, segundo o UOL.
Ainda de acordo com a delegada, os criminosos trocavam informações sobre possíveis novas vítimas por meio de um grupo de WhatsApp. “Eles sinalizam quais seriam mais ‘fáceis’. Vamos prosseguir com as investigações para descobrir quem seriam essas outras pessoas”, afirmou.
Estratégia para o “Golpe do Presente”
Segundo as investigações, o suspeito trabalhava como entregador e anotava informações, gostos e endereços de possíveis vítimas para aplicar o golpe. Ele veio de São Paulo para o Rio de Janeiro.
Na capital paulista, o suspeito possui passagens por furto, receptação e adulteração de sinal identificador de veículos. Ele está há dois meses no Rio e a moto que usava estava sem placa e pertence a um primo.
“O crime de estelionato vem se aprimorando, o ‘Golpe do presente’ já é bem conhecido em outros estados e está chegando no Rio. É preciso que as pessoas fiquem atentas na hora de pagar com o cartão, pedir a segunda via da nota e suspeitar, porque quando a esmola é grande, o santo desconfia”, disse a delegada.