Um dos maiores investidores do mundo, Howard Marks enviou mais um memorando para os clientes da Oaktree Capital Management, maior empresa de private equity do mundo, da qual ele é sócio fundador e vice-presidente. Desta vez, ele comenta sobre a “ilusão de conhecimento”.
Para descrever bem a sua ideia, Howard Marks cita uma frase do economista e cientista político, John Kenneth Galbraith. “Há dois tipos de pessoas que fazem previsões : aqueles que não sabem e aqueles que não sabem que não sabem”.
Howard Marks se mostra desinteressado por previsões
O megainvestidor explica o motivo de não se interessar muito em previsões. Para ele, fazer previsões macro úteis é uma tarefa difícil.
“Os previsores não têm escolha a não ser basear seus julgamentos em modelos, sejam eles complexos ou informais, matemáticos ou intuitivos. Os modelos, por definição, consistem em premissas”, afirma o fundador da Oaktree.
Além da questão da complexidade e da dificuldade de capturar as flutuações psicológicas e os processos dinâmicos, ele cita as limitações que se impõem na tentativa de prever algo que não se pode esperar que permaneça inalterado.
“Claramente, as relações econômicas não são fixas e as economias não são regidas por diagramas esquemáticos (que os modelos tentam simular). Portanto, para mim, o resumo é que o resultado de um modelo pode apontar na direção certa na maior parte do tempo, quando as premissas não são violadas. Mas ele nem sempre pode ser preciso, especialmente em momentos críticos, como pontos de inflexão… e é aí que as previsões precisas seriam mais valiosas”, salientou Marks.
Em seu memorando, Howard Marks destrincha sobre a dificuldade das previsões no cenário macroeconômico.