Mais apostas e menos investimentos

‘Jogo do tigrinho’ é 7 vezes maior que bolsa brasileira, diz Anbima

Muitas pessoas veem as apostas como forma de investimento, especialmente homens e as gerações mais jovens.

Foto: Divulgação/propaganda
Foto: Divulgação/propaganda

O famoso “jogo do tigrinho” e outras plataformas, como a “bets”, ganharam espaço no mercado de apostas online em 2023, conforme apontado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

A afirmativa da instituição é comprovada pela sétima edição do Raio X do Investidor, promovido pela própria Anbima, que sinaliza que a participação nessas plataformas é sete vezes maior na B3 (Bolsa de Valores brasileira).

Cerca de 22,4 milhões de brasileiros participam de apostas online, o dado é equivalente a aproximadamente 14% da população. Em contrapartida, somente 2% da população investiu em ações, ao passo que 5% fez aplicações em títulos privados e 2% em títulos públicos.

Desta forma, a quantidade de pessoas que apostam online é sete vezes maior que o quantitativo de indivíduos que investem em ações. Além disso, o dado também é 2,8 vezes maior do que aqueles que investem em títulos privados e sete vezes maior que os que investem em títulos públicos.

Raio X dos usuários do “jogo do tigrinho”, segundo a Anbima

Nesse universo de pessoas, dentre os 30,1 milhões que utilizam aplicativos de apostas frequentemente, 5% fazem apostas ocasionalmente, enquanto 6% raramente.

A adesão às apostas é maior entre pessoas que investem, ficando em torno de 16%, e varia entre classes sociais.

Além disso, o documento também aponta que a geração Z (de 16 a 27 anos em 2023) responde a um percentual de 29% do total de jovens que participaram de apostas online. Na sequência, entram os millennials (de 28 a 42 anos em 2023) com 18% de participação.

Nesse sentido, as motivações para o uso de apostas incluem a possibilidade de ganhar dinheiro rapidamente (40%) e a chance de um retorno maior (39%). Segundo o “Blocktrends”, muitos veem a “bets” como forma de investimento, especialmente homens e as gerações mais jovens.

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