A justiça de São Paulo concedeu nesta sexta-feira (15) a soltura do dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e do executivo da Fast Shop, Mario Otavio Gomes, disse a CNN Brasil.
O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, suspeito de receber propinas em troca da concessão de benefícios fiscais às empresas, continua preso.
Oliveira e Gomes foram presos na terça-feira (12) em uma operação do MPSP (Ministério Público de São Paulo) para desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda do estado.
Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, é preso em operação do MP
O empresário Sidney Oliveira, proprietário da Ultrafarma, foi preso em São Paulo na manhã desta terça-feira (12), após o MPSP (Ministério Público de São Paulo) deflagrar a Operação Ícaro. Segundo o órgão, a ação teve como objetivo desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários lotados no Departamento de Fiscalização da Secretaria da Fazenda do Estado.
A defesa de Sidney Oliveira ainda não se manifestou sobre o caso.
De acordo com o MP, a investigação, conduzida pelo GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos), identificou um grupo criminoso responsável por favorecer empresas do setor varejista em troca de vantagens indevidas.
Entenda esquema de propinas da Ultrafarma e Fast Shop
O empresário Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12) em São Paulo, durante a operação do MPSP (Ministério Público de São Paulo), a Operação Ícaro.
A ação mira um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda de São Paulo, suspeitos de favorecer empresas do varejo em troca de propina. Também foi detido Mário Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, especializada no comércio de eletrodomésticos e eletrônicos.
Detalhes do esquema
- Auxílio à empresa: o fiscal auxiliava as empresas desde a coleta de notas fiscais e outros documentos necessários, passando pela elaboração e protocolo do pedido na Sefaz (Secretaria da Fazenda), até o acompanhamento e deferimento final;
- Autenticação no sistema da Sefaz como se fosse a empresa (no caso da Ultrafarma): de posse do certificado digital da Ultrafarma, o fiscal acessava o portal da Secretaria da Fazenda usando a identidade eletrônica da companhia, fazendo com que suas ações fossem registradas como se fossem da própria empresa;
- Aprovação acelerada: aprovava ou encaminhava os pedidos para tramitação prioritária, fugindo do fluxo normal de análise.
Segundo o MPSP, a investigação conduzida pelo GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos) identificou um grupo criminoso responsável por favorecer empresas do setor varejista em troca de vantagens indevidas. Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e prisão temporária, incluindo o do apontado como principal operador, Arthur Gomes da Silva Neto, supervisor da Difis (Diretoria de Fiscalização).