Justiça determina penhora de shopping em favor do Banco Santos

O Banco Santos conseguiu a penhora de 50% do shopping Eldorado

A 13ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a penhora de 50% do shopping Eldorado, localizado na zona oeste da capital paulista, em favor do Banco Santos. A informação é da “Folha de São Paulo”.

O percentual corresponde à quota detida por empresários do Grupo Veríssimo, apontado como um dos maiores devedores do banco. A inadimplência é fruto de um contrato milionário firmado em julho de 2004 entre a instituição financeira e uma empresa do grupo.

Após mais de 15 anos cobrando a dívida, a massa falida do Banco Santos recorreu à Justiça pedindo que a responsabilidade fosse estendida às pessoas físicas e jurídicas por trás da empresa Verpar Centros Comerciais S.A., que pertence ao Grupo Veríssimo. Segundo advogados do banco, houve indícios de ocultação de patrimônio e de um esquema de blindagem patrimonial.

Na visão de Heraldo de Oliveira, relator da ação, ficou demonstrado que os devedores procuraram “esconder seus bens”, transferindo a titularidade das participações em cinco empresas para familiares e para contas em abertas em paraísos fiscais, como as Ilhas Virgens Britânicas e as Bahamas.

“Ficou configurada a fraude perpetrada pela família Veríssimo e o grupo empresarial para proteger os devedores das dívidas do grupo J. Alves Veríssimo/Verpar, que também são proprietários do Shopping Center Eldorado”, escreveu o magistrado, em decisão que favoreceu o Banco Santos.

3G Capital é processada nos EUA por rombo na Kraft Heinz

A 3G Capital está sendo processada por uma investidora dos EUA pelos problemas enfrentados pela Kraft Heinz em 2019. Na época, a empresa apresentou erros no balanço, que geraram baixa contábil de US$ 15,4 bilhões. A informação é do jornal “O Globo”.

No processo, que foi protocolado em 6 de março, a investidora Adriana D. Felicetti  acusa o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann e a 3G Capital de terem falhado em seu dever fiduciário com a empresa e seus acionistas, além de praticar insider trading (uso indevido de informação privilegiada) para lucrar com os papéis da Kraft Heinz antes de os problemas contábeis serem revelados.

Na ação, Felicetti reivindica a reparação das perdas como acionista e, para a empresa, o ressarcimento da multa de US$ 62 milhões que a Kraft Heinz teve de pagar à SEC (órgão regulador do mercado de capitais nos EUA) e o ressarcimento dos US$ 250 milhões que ainda devem ser pagos para encerrar ação coletiva iniciada após o rombo. Além disso, a investidora pede que a 3G Capital devolva os ganhos obtidos a partir do suposto insider trading.