Um trader espanhol chamado Javier Biosca, acusado de montar uma pirâmide financeira com criptomoedas que atingiu milhares de pessoas, morreu em 22 de novembro na cidade de Estepona, na Espanha. O golpe pode ter deixado um prejuízo próximo a 1 bilhão de euros, segundo o “Portal do Bitcoin”. A morte, inclusive, virou um mistério para as autoridades do local.
O caso está sendo investigado pelas autoridades como suicídio, pois o trader teria se jogado da janela do quinto andar de um hotel local, segundo o site do jornal “El País”. No entanto, outras reportagens revelam uma série de conflitos recentes que podem abrir brecha para outras interpretações sobre a morte.
Um desses conflitos foi o assassinato ordenado por credores ou máfias para as quais ele devia dinheiro. Biosca tinha histórico de prisão, ameaças e sumiço de dinheiro e bens de clientes, além de ostentar luxos na internet desde que passou a enganar pessoas com a empresa Algorithms Group, em 2019.
Ele foi descrito pela publicação como “um guru da criptomoedas perseguido por máfias internacionais” que morreu “sem deixar vestígios de supostamente possuir um avião particular, mansões e carros de luxo”.
Em seu enterro, apenas um pequeno grupo de parentes compareceu ao funeral. Além da esposa e do filho, compareceram apenas a mãe e um punhado de amigos. Dado o estado do corpo, o caixão foi mantido fechado.
Ainda de acordo com a publicação, Biosca foi o maior golpista de criptomoedas do país, enganando inclusive a alta classe, como advogados, tabeliães e empresários.
Além disso, o trader também pegou dinheiro de “perigosos mafiosos russos e romenos” que investiram, cada um, cerca de R$ 270 mil (50 mil euros) no negócio, mais tarde desmascarado como fraudulento.