O pix está sofrendo um revés com uma onda de fake News que se espalha a partir da notícia de ampliação do decreto de fiscalização da Receita Federal. O volume das transações realizadas pelo Pix registrou em janeiro de 25 a maior queda percentual em relação ao mês anterior desde o lançamento do sistema em novembro de 2020.
Entre os dias 4 e 10 de janeiro, foram realizadas 1,25 bilhões de operações, marcando uma redução de 10,9% em comparação ao mesmo intervalo de dezembro de 2024, segundo dados do SPI (Sistema de Pagamentos Instantâneos) do BC (Banco Central), segundo informação apurada pelo portal Veja Negócios.
A retração supera o recorde anterior de queda, que havia ocorrido em janeiro de 2022, quando o número de transações caiu 7,5% em relação ao mês anterior. Na comparação entre os 14 primeiros dias de janeiro e os últimos 14 dias de dezembro, a redução é de 8,7%. Enquanto o sistema registrou 2,50 bilhões de transações entre 18 e 31 de dezembro de 2024, o total caiu para 2,29 bilhões entre 1º e 14 de janeiro de 2025.
BC está preocupado com desinformação sobre o Pix
O BC (Banco Central) preocupa-se com o aumento de informações falsas sobre o Pix circulando nas redes, apurou a “Agência o Globo”. No último mês, também tem sido espalhada desinformação sobre outras áreas de atuação do BC.
Internamente, a instituição avalia que precisa agir no combate às notícias falsas, de forma a desmentir de forma breve, quando possível, os assuntos que surgirem, para evitar consequências negativas à instituição.
Uma das informações falsas que circulam é a de que o governo quer controlar os gastos dos cidadãos no Pix e criar um imposto sobre o meio de pagamento a partir da nova regra da Receita Federal para declaração de transações financeiras.
Mas tal regra, se realmente acontecesse, seria inconstitucional, uma vez que transações financeiras não podem ser monitoradas, já que são protegidas por sigilo bancário. A Receita Federal e os fiscos estaduais podem acessar as movimentações financeiras apenas para fiscalizar o pagamento de impostos, responsabilizando-se pelo sigilo.