Quem são os CEOS mais bem pagos do Brasil

Todos somam ganhos anuais que ultrapassam os R$ 20 milhões

Recentemente, a revista Forbes divulgou o ranking com os CEOs (diretor executivo, na sigla em inglês) mais bem pagos do Brasil. Nas primeiras posições, os executivos trabalham em grandes bancos, como Itaú e Santander. Ainda, no top 10, todos somam ganhos anuais que ultrapassam os R$ 20 milhões. No pódio, o valor sobe para R$ 50 milhões.

A lista foi feita com base em dados de remuneração pagos em 2021, através de formulários de referência depositados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Desde 2019, após idas e vindas com disputas judiciais, as empresas são obrigadas a informar os pagamentos anuais da diretoria.

Veja, a seguir, os 10 CEOs mais bem pagos do Brasil:

10.  Roberto Simões, CEO da Braskem (BRKM5)

Formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Roberto Simões, CEO da petroquímica Braskem (BRKM5), passou por companhias como Ocyan Participações, Odebrecht Defesa e Tecnologia, Santo Antonio Energia e pelo portal IG. 

Ainda, antes de assumir o comando da Braskem, foi vice-presidente executivo da empresa entre 2004 e 2008. 

Roberto Simões teve como maior remuneração anual a quantia de R$ 24 milhões em 2021, montante que representa um aumento de 65% em relação ao ano anterior.

9. Paulo Moll, da Rede D’Or (RDOR3)

Na Rede D’Or (RDOR3) desde 2002, Paulo Moll é bacharel em ecomonia pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) e membro do conselho da ANAHP, a Associação Nacional de Hospitais Privados. 

Segundo a lista, o maior salário anual do CEO da companhia de saúde, em 2021, foi de R$ 27,2 milhões, alta de 44% ante o ano anterior.

8. Luis Henrique Guimarães, do grupo Cosan (CSAN3)

No ranking divulgado pela Forbes, a maior remuneração anual de Luis Henrique Guimarães, diretor executivo do grupo Cosan (CSAN3), empresa brasileira com negócios nas áreas de açúcar, álcool, energia, lubrificantes e logística, foi de R$ 27,6 milhões em 2021. O valor representa alta de 145% em relação aos ganhos do ano anterior.

Formado em estatística, com MBA pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Guimarães presidiu a Raízen em 2016. Ainda, o executivo tem cargos executivos na Shell, inclusive internacionalmente, por mais de duas décadas, no currículo. O CEO assumiu o cargo no grupo Cosan no ano passado 

7. Octavio de Lazari Júnior, do Bradesco (BBDC4)

Formado pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco,Octavio de Lazari Júnior tem uma carreira extensa ligada ao banco do qual hoje é CEO. 

Lazari Júnior ingressou no Bradesco (BBDC4) em 1978 como office boy em uma agência bancária. Desde então, passou por diversos setores da instituição financeira até se tornar diretor-presidente do Grupo Bradesco Seguros. Depois, foi anunciado como presidente da holding. 

Sua maior remuneração anual foi de R$ 29,3 milhões, 23% a mais que em 2020, conforme o levantamento.

6. Bruno Lasansky, da Localiza (RENT3)

Antes de se tornar CEO da Localiza (RENT3), empresa de aluguel de veículos, Bruno Lasansky foi COO (diretor de operações, na sigla em inglês), da companhia, atuando em todas as divisões da empresa. 

Formado em engenharia industrial pelo Instituto Tecnológico de Buenos Aires, com MBA pela Wharton School nos Estados Unidos, o diretor executivo foi nomeado ao cargo em 2021, quando sua maior remuneração anual foi de R$ 29,7 milhões (alta de 52% em relação a 2020).

5. Gilberto Tomazoni, da JBS (JBSS3)

Gilberto Tomazoni assumiu como CEO da JBS (JBSS3) em 2018, mas já havia sido presidente executivo da Seara Alimentos. 

Formado em engenharia mecânica e pós-graduado em gestão, o CEO da empresa do setor de frigoríficos tem sólida carreira no segmento de alimentos. Na Sadia, por exemplo, começou como trainee. Ainda, o executivo passou pela Bunge. 

Segundo o levantamento da Forbes, a maior remuneração anual de Tomazoni foi de R$ 52,6 milhões, valor 56% maior que em 2020.

4. Pedro Zinner, da Eneva (ENEV3)

Beirando o pódio na lista, Pedro Zinner é formado em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUCRJ) em 1997, fez MBA em Finanças Analíticas e Contabilidade na University of Chicago Booth School of Business e estudou educação executiva no MIT Sloan School of Management. 

O executivo trabalhou em outras organizações de grande porte antes de assumir como CEO da Eneva (ENEV3), onde seu maior salário anual foi de R$ 52,7 milhões em 2021 (alta de 195% ante 2020). Na BG Group e na Vale, Zinner teve cargos de liderança.

3. Milton Maluhy Filho, do Itaú Unibanco (ITUB4)

Milton Maluhy Filho ingressou no Itaú (ITUB4) em 2001, onde ocupou diversas posições na até se tornar sócio, em 2011. 

Formado em administração de empresas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), o executivo assumiu o cargo de CEO do banco em 2021, ano em que, segundo a lista divulgada pela Forbes, teve remuneração anual de R$ 52,9 milhões (52% a mais em relação a 2020). 

2. Eduardo Bartolomeo, da Vale (VALE3)

Antes de assumir o posto de CEO da Vale (VALE3), Eduardo Bartolomeo foi diretor-executivo de Metais Básicos da empresa de mineração no Canadá. 

Formado em engenharia metalúrgica, o executivo também registrou passagem pela Ambev, onde o último cargo exercido foi de diretor de operações. Sua maior remuneração anual chegou a R$ 55,1 milhões no ano passado, 75% a mais que em 2020.

1. Sergio Rial, do Santander (SANB11)

Sergio Rial, o CEO mais bem pago do Brasil em 2021 segundo a lista divulgada pela Forbes, o executivo alcançou a marca de R$ 59 milhões de salário anual, alta de 26%, no Santander (SANB11). Ainda assim, Rial deixou o cargo em janeiro deste ano para ocupar a posição de presidente do Conselho de Administração do Santander Brasil. 

Formado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em economia pela Universidade Gama Filho, o CEO também trabalhou em empresas como Cargill, Seara e Marfrig.