Uma enxurrada de drones invadiu o sul da Rússia no domingo (19), forçando uma pequena refinaria independente em Krasnodar a interromper suas atividades. Enquanto isso, as forças do Kremlin atacaram um subúrbio ao norte de Kharkiv, na Ucrânia.
O ataque russo a Kharkiv levou ao falecimento de pelo menos cinco pessoas. Além disso, 16 pessoas, próximas à cidade de Mala Danylivka, ficaram feridas. O governador regional, Oleh Synyehubov, disse, segundo o “Broadcast”, que um míssil russo Iskander atingiu um alvo “civil” na manhã de domingo.
No Vaticano, o Papa Francisco condenou o novo ataque contra a cidade de Kharkiv.
“O meu pensamento dirige-se, em particular, à cidade de Kharkiv, que sofreu um ataque há dois dias. Pensemos na Terra Santa, na Palestina, em Israel; pensemos em tantos lugares onde há guerras”, declarou o Pontífice, de acordo com o “Uol”.
Rússia e Ucrânia já trocaram ataques com foco em refinarias
Durante a noite da última sexta-feira (26) e sábado (27), a Rússia e a Ucrânia se envolveram em ataques aéreos direcionados a instalações de energia, resultando em danos significativos e incêndios.
Autoridades ucranianas relatam que quatro termelétricas foram atingidas durante os ataques.
Kiev afirmou ter abatido 21 dos 34 drones russos utilizados nas ofensivas. Em retaliação, a Ucrânia empregou drones para atingir refinarias de petróleo russas na região de Krasnodar.
A agência de notícias russa Tass informou que uma refinaria em Slavyansk-on-Kuban teve que suspender parcialmente suas operações.
De acordo com Moscou, Kiev lançou 66 drones contra a área de Krasnodar, mas todos foram interceptados com sucesso.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reiterou neste sábado que, devido à recusa da Ucrânia em negociar com Moscou, não há espaço atual para discussões de paz.
Outros conflitos e ataques neste final de semana
O Hamas comunicou neste sábado que irá analisar uma proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada por Israel.
No dia anterior, uma delegação do Egito chegou a Israel para tentar mediar as negociações e evitar uma eventual ofensiva terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Os detalhes da proposta não foram divulgados.
Anteriormente, o Hamas insistia em um cessar-fogo permanente e na retirada completa das tropas de Israel, condições que foram rejeitadas por Israel.