O jatinho de luxo que estava em posse de Wesley Safadão foi apreendido e teve o uso bloqueado pela Justiça na quinta-feira (22), após o impasse sobre a propriedade do veículo. A aeronave avaliada em R$ 37 milhões foi pedida em uma ação movida por um grupo de investidores lesados pelo empresário Francesley da Silva, conhecido como “Sheik do Bitcoin”, para ressarcimento das dívidas.
A defesa do cantor afirma que o mesmo também foi mais uma vítima do Sheik do Bitcoin, e o veículo foi dado como garantia de que ele teria de volta o valor investido pela empresa.
A WS Shows recorreu e conseguiu uma decisão provisória para manter a posse e a operação da aeronave enquanto os procedimentos da transferência da propriedade do avião ocorriam. Com a nova decisão, o jatinho ficou impossibilitado de ser usado.
De acordo com a Polícia Federal, o golpista é líder de um esquema que movimentou cerca de R$ 4 bilhões em fraude no Brasil, envolvendo pirâmide financeira com comercialização de criptomoedas. Ele está preso desde 3 de novembro, quando foi alvo de operação da corporação.
“Sheik dos Bitcoins”: PF pede sequestro de R$ 910 milhões
A PF (Polícia Federal) pediu a 23ª Vara Federal de Curitiba o sequestro de R$ 910 milhões em espécie e 17 imóveis que pertencem ao empresário Francisley Valdevino da Silva.
O império financeiro do sheik dos bitcoins foi erguido graças a um negócio multimilionário de lavagem de dinheiro, a partir de um esquema de pirâmide de investimentos em criptoativos.
Apenas uma das mansões do operador, construída em Santa Catarina, é avaliada em R$ 64,5 milhões. Na mesa de trabalho usada pelo investigado, policiais federais apreenderam R$ 166,5 mil, US$ 6,45 mil, além de 840 pesos mexicanos. O investigado é o principal alvo da Operação Poyais, deflagrada pela PF na manhã desta quinta-feira (6/10).
O suspeito teria cometido crimes contra a economia popular e o sistema financeiro brasileiro, como estelionato e lavagem transnacional de dinheiro, além de ter movimentado ao menos R$ 4 bilhões.
As investigações começaram em março de 2022, após a Interpol enviar informações e uma solicitação passiva de cooperação policial internacional da Homeland Security Investigations (HSI), vinculada a um dos departamentos da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.
Em janeiro de 2022, a Interpol informou à PF que uma empresa internacional com atuação nos EUA e o principal gerenciador dela, Francisley Valdevino da Silva, eram investigados pela Força Tarefa de El Dorado, a El Dorado Task Force, da HSI de Nova Iorque.