A maior parte dos brasileiros já ouviu falar da “filmadora mais vendida do Brasil”: a famosa TekPix, que marcou presença no início dos anos 2000. Na época, o entretenimento em casa focava na rotina dos programas televisivos, distante da era dos smartphones e dos serviços de streaming.
Lançada pela empresa Tecnomania no início dos anos 2000, a filmadora era fabricada na China por preços baixos e vendida no Brasil com margens de lucro muito altas, resultando em um faturamento diário entre R$ 2,9 milhões e R$ 4,5 milhões.
O preço médio da câmera variava de R$ 958 a R$ 3.516, dependendo do modelo. Isso fez com que a companhia gerasse um lucro considerável, já que o custo de produção estimado por unidade era de aproximadamente R$ 300. Segundo a Exame, nos picos de vendas, a empresa chegou a comercializar cerca de 1.300 câmeras por dia.
O anúncio da filmadora ganhou força e se destacou na TV brasileira, com um apresentador carismático e um bordão que “colou” na cabeça dos telespectadores: “Vamos falar de coisa boa, vamos falar de TekPix!”
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A promessa era de um dispositivo tecnológico “9 em 1”, capaz de substituir câmeras, filmadoras, MP3 players e mais. Assim, o preço era considerado acessível, com parcelamentos facilitados.
Ascensão e queda da TekPix
Contudo, com a chegada dos smartphones, a popularidade da filmadora começou a cair. Isso porque os aparelhos telefônicos passaram a integrar várias funcionalidades em um único dispositivo — oferecendo câmeras de maior qualidade, áudio superior e acesso à internet, recursos que a TekPix não possuía.
Por fim, o principal fator para o declínio foi a falta de inovação. A partir de 2013, críticas sobre a baixa qualidade do produto começaram a se espalhar. Diversos sites especializados passaram a publicar comparativos que mostravam como, pelo preço da TekPix, era possível adquirir câmeras de qualidade muito superior.
