O caso de “vaca louca”, confirmado na quarta-feira (22) em um bovino macho de 9 anos de idade de uma propriedade em Marabá-PA, foi o sexto registrado no Brasil em toda a história.
O primeiro caso de “vaca louca” no Brasil ocorreu em 2012, sucedido de uma ocorrência em 2014, outra em 2019 e duas em 2021.
A doença é de notificação obrigatória à OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) há mais de 25 anos. O País nunca registrou um caso clássico de vaca louca e é reconhecido desde 2012 como país de risco insignificante para a doença.
Segundo o Ministério da Agricultura, o caso mais recente foi identificado pela vigilância oficial de doenças neurológicas em ruminantes. Após a notificação, a equipe procedeu a eutanásia do animal e a coleta de amostras para a realização de exames. A carcaça do bovino foi incinerada.
Ainda de acordo com a nota técnica da Pasta, o animal apresentava sinais clínicos da doença neurológica, como ficar deitado, movimentos de pedalagem, paralisia ocular e rigidez dos membros posteriores.
Após os testes para raiva darem negativo, a amostra de tecido nervoso do animal foi testada no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Pernambuco (LFDA-PE) e apresentou resultado positivo para encefalopatia espongiforme no dia 17 de fevereiro. Um segundo exame foi feito na unidade e confirmou o caso nessa quarta-feira.
Brasil suspende exportações de carne bovina à China
O Ministério da Agricultura informou que, seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações de carne bovina para a China serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira devido à confirmação do caso da doença “mal da vaca louca”.
Segundo a pasta, foi feito o comunicado à OMAS e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico –quando surge espontaneamente em animais velhos, sem risco ao rebanho ou a seres humanos.