WhatsApp: polícia prende quadrilha que aplicava golpes

O objetivo da operação é desarticular um grupo criminoso que aplicou ao menos quatro golpes pelo WhatsApp

A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) e com apoio da Polícia Civil de Goiás, prendeu uma quadrilha especializada em aplicar golpes pelo WhatsApp, durante operação em que cumpria 17 mandados judiciais contra uma associação criminosa.

O objetivo da operação é desarticular um grupo criminoso que aplicou ao menos quatro golpes contra moradores do DF, por meio do WhatsApp, para pedir dinheiro passando-se por parentes das vítimas, segundo informações do portal Metrópoles, parceiro do BP Money.

No total, os agentes cumprem cinco mandados de prisão temporária, cinco de busca e apreensão, além de sete sequestros de valores. O grupo é composto por, pelo menos, cinco integrantes, todos moradores de Goiânia (GO), com idades aproximadas de 25 anos.

Golpe pelo WhatsApp

O golpe funcionava da seguinte forma: dois integrantes ficavam responsáveis pelo envio das mensagens, e três, pelo recebimento dos valores e posterior ocultação da origem das quantias.

Segundo às investigações, o grupo coletava informações pessoais dos alvos selecionados nas mídias sociais. Com a definição do perfil social e identificação de parentes das vítimas, os criminosos conseguiam descobrir telefones de contato delas.

Os dados são vendidos na internet a partir de vazamentos de bancos de dados públicos e de operadoras de telefonia. Com essas informações, as vítimas eram contatadas e induzidas a fazer transferências aos criminosos, que se passavam por parentes dos alvos, geralmente filhos e netos.

A polícia localizou quatro vítimas que, juntas, tiveram prejuízo de cerca de R$ 45 mill. Todos os envolvidos foram presos e transferidos de Goiânia para o DF.

Eles serão indiciados por quatro casos de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas somadas de 40 anos de prisão.

“Temos percebido uma diminuição de registros desses crimes em nossa circunscrição, e atribuímos esse fato às sistemáticas operações desenvolvidas neste ano e aos constantes alertas da PCDF à população, no sentido de terem maior atenção antes de efetivarem repasses de valores a partir de contatos via WhatsApp”, afirmou Erick Sallum, titular da 9ª DP.

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