A recondução de Xi Jinping para um terceiro mandato deve levar a economia chinesa a passar por um processo de reabertura após quase três anos de isolamento por causa do coronavírus (covid-19) e da busca por mudanças na base econômica do país.
China foi de grande fazenda para berço tecnológico
O modelo econômico chines mudou nas últimas décadas. Ele passou de um modelo agrícola cooperativo para um modelo industrial, que foi o grande catalisador no processo de urbanização e expressivo crescimento da renda per capita da sociedade chinesa.
Dessa forma, a China conseguiu sair de uma situação de dificuldades para garantir a segurança alimentar para uma indústria de alta tecnologia e crescimento sustentável.
Agora os desafios são novos e correlacionados aos efeitos da covid-19. Além disso, com a crise de confiança do mercado imobiliário chines e o embate geopolítico EUA X China, o país enfrenta novos percalços para continuar a entregar um crescimento robusto.
Especialistas afirmam, porém, que o mercado tem subestimado a capacidade da economia chinesa de se reinventar. A China é a segunda maior economia do mundo, devendo se tornar a primeira até 2030, segundo o FMI.
Esse pessimismo pode ocultar a oportunidade de capturar a reabertura dessa pujante economia assim como aconteceu com a maior parte dos países ocidentais.
Afinal, vale a pena expor os seus investimentos na China neste momento?
Segundo o especialista em renda variável, Pedro Queiroz, a China é praticamente independente do capitalismo mundial, fazendo com que o país não seja (tão) afetado pela crise que atinge Europa e EUA, por exemplo.
“Quando a gente olha pra China, a gente percebe que a China está descorrelacionada do círculo mundial. A China, enquanto todo o mundo todo está fazendo o aperto monetário, dada a liquidez que foi injetada nas economias durante a pandemia, está estimulando a economia, o mundo todo sofre com pressões inflacionárias relevantes, enquanto a China não”, afirmou o especialista.
Pedro ainda ressaltou que durante o momento da pandemia, as economias foram fechadas. A China, no entanto, retornou com a mesma intensidade ao crescimento. Diferentemente de Brasil, Estados Unidos, Alemanha, o país gastou apenas 10% do seu PIB em estímulos.
Momento de Transição Econômica
A China passou por um grande boom econômico ao incentivar o seu mercado imobiliário, causando consequentemente uma crise de confiança neste mercado.
Entretanto, hoje, o país busca mudar o modelo econômico, se voltando para as bases tecnológicas, aumentando seu interesse em Taiwan, por exemplo.
“Nos últimos dez dos últimos dez, 15 anos, a China cresceu 7%. Então a gente acha que é um erro muito grande superestimar uma economia que, ao longo dos 50 anos, teve entregas relevantes. Tem inúmeras empresas negociando a valores muito baratos, empresas que pregam crescimento. Então, por isso que a gente acha, compilando tudo, que a reabertura da China pode ser sim um fator que pode causar uma valorização grande, dado os valores que se encontra”, disse.
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