Caso o TikTok seja de fato proibido nos EUA a partir de janeiro de 2025, como determinou uma lei sancionada em abril, o setor de comércio eletrônico no país norte-americano pode sair prejudicado, constatou matéria da “Exame”.
A legislação aprovada determina o prazo de nove meses para a ByteDance, detentora do aplicativo, vender a rede social nos EUA, sob pena de ser proibida no país. Dessa forma, se não conseguir vender as operações, o aplicativo pode ser obrigado a deixar o país em 19 de janeiro.
A possível proibição causa alerta no setor de comércio eletrônico porque há poucas alternativas tão abrangentes quanto o TikTok Shop, para os que usam esse ambiente digital como principal impulsionador de vendas.
Possíveis alternativas para o TikTok
Algumas das opções, também com ferramentas de comércio social, são o aplicativo de compras ao vivo Whatnot e a plataforma de marketing de afiliados LTK, sugere o “Business Insider”. Enquanto isso, há também a Flip, um aplicativo projetado para ser uma versão do TikTok voltada apenas para compras; e o Shopify.
Outra investida nesse sentido partiu da Meta, que em 2023 fez um acordo com a Amazon para tornar as publicações do Instagram e do Facebook mais comerciais.
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Porém, essas opções ainda ficam abaixo do TikTok em número de funcionalidades, uma vez que a rede social chinesa concentra uma maior variedade de serviços em um só lugar. Isto acontece porque o TikTok fez altos investimentos para tornar o aplicativo propício para compras e treinar seu público a ficar confortável nesse ambiente.
Além disso, a empresa pensou em infraestrutura, investindo em seis armazéns nos EUA para auxiliar em pedidos e logística, de acordo com o chefe de operações do TikTok nos EUA, Nico Le Bourgeois, em entrevista ao “Business Insider”.
Com esse investimento pesado, o aplicativo conseguiu aumentar sua participação no mercado de comércio eletrônico e arrecada bilhões de dólares em vendas anualmente, destes, US$ 100 milhões somente na Black Friday.
Dessa forma, ainda não existem alternativas muito similares ao aplicativo e o que pode acontecer é que concorrentes, como o YouTube e o Instagram, modifiquem-se para adquirir algumas das funções do TikTok.
A empresa recorreu à determinação do governo na Suprema Corte dos EUA. A ByteDance afirma que a lei viola as proteções de liberdade de expressão da Constituição. A Suprema Corte dos EUA anunciou que irá ouvir os argumentos do TikTok.
