O Bitcoin (BTC) encerrou o mês de abril na casa dos US$ 38.000 diante de cenário de incerteza e aumento da aversão a risco em escala global. Às 17h30, a criptomoeda era negociada a US$ 38.544, queda de 3,58%, nas últimas 24 horas.
Em março, o Bitcoin registrou seu pico em 2022, alcançando os US$ 47 mil. No entanto, a criptomoeda não conseguiu manter o movimento de recuperação. Em abril, o Bitcoin registrou queda de 17,4% e, no acumulado do ano, de 16,6%.
O temor do mercado acerca do Bitcoin é de uma queda acentuada caso a criptomoeda atinja os US$ 37.000. O Bitcoin possui forte correlação com o índice Nasdaq, o que explica parte da queda observada nesta sexta-feira.
A Nasdaq, juntamente com os outros índices de Nova York, fechou o dia no negativo, com retração de 4,17%. O mau desempenho das bolsas norte-americanas se dá pela divulgação de balanços corporativos abaixo do esperado por grandes empresas.
Mesmo encerrando o mês em queda, o mercado de criptoativos vê o futuro com mais tranquilidade, após a adoção de ativos digitais pelo banco Goldman Sachs. Além disso, a criptomoeda teve seu uso regulamentado em países como Panamá e na República Centro-Africana nesta semana.
Resultados trimestrais impactam desempenho do Bitcoin
O Bitcoin foi impactado pela queda do índice Nadaq de Wall Street, que, por sua vez, refletiu resultados corporativos de empresas de peso. Na quinta-feira (28), a Amazon reportou prejuízo de US$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre de 2022. As ações despencaram 14,02% na bolsa.
Google e Meta também apresentaram números abaixo do esperado. A Alphabet, dona do Google, reportou lucro líquido 8,33% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Já a Meta, dona do Facebook e Instagram, viu seu lucro cair no primeiro trimestre de 2022.
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Junto com o Bitcoin, o Ethereum (ETH) também caiu nas últimas 24 horas, recuando 4,74%, sendo negociado a US$ 2.808.