O Brasil já soma mais de 500 mil influencers, com pelo menos 10 mil seguidores cada um, de acordo com a multinacional norte-americana de pesquisas Nielsen. Com este dado, o número de influenciadores já supera o número de dentistas (374 mil), engenheiros civis (455 mil) e arquitetos (212 mil) formados no País. Além disso, a profissão, mesmo que não regularizada, quase empata com o número de médicos (502 mil).
Por trás dos influenciadores, há um mercado de agências que associam sua imagem a marcas de produtos e serviços. O valor das campanhas nas redes sociais muda dependendo do número de seguidores, da rede social, do nível de engajamento do público e até da região onde mora o influenciador.
O fenômeno dos influencers pode ser explicado pela proximidade. Muitos influenciadores buscam criar empatia com seu espectador, a ponto de convencer o seu público de que ele é alguém ativo na sua rede de relacionamentos.
Segundo uma pesquisa do CENP (Conselho Executivo das Normas-Padrão), que reúne anunciantes, agências de propaganda e veículos de comunicação, as redes sociais receberam R$ 1,43 bilhão em investimento publicitário em 2021. Nessa relação, estão incluídos os posts das próprias empresas nas redes sociais e a contratação de influenciadores por meio de agências de propaganda.
De acordo com pesquisa da Nielsen, realizada entre fevereiro e março de 2022, os influenciadores, mesmo populares junto ao público feminino, não são determinantes de vendas. Segundo o levantamento, 45% das mulheres acompanham sempre influenciadores, contra 24% dos homens. Mas 58% delas e 76% deles nunca compraram produtos ou serviços anunciados por influencers.
A maioria do público (66%) informou que não comprou por não sentir confiança no que foi apresentado pelos influencers. O levantamento da Nielsen foi feito com mil pessoas, de 18 a 55 anos, de ambos os sexos, de todas as regiões do Brasil, com renda entre 1 e 15 salários mínimos.