A maior exchange de criptomoedas dos EUA, a Coinbase, informou que sua unidade no país norte-americano chegou a um acordo de US$ 100 milhões com reguladores de Nova York por permitir que clientes abram contas com verificações de antecedentes insuficientes, segundo informações da “Bloomberg”.
O acordo com o Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York exige que a empresa cripto pague uma multa de US$ 50 milhões e gaste US$ 50 milhões para melhorar a conformidade ao longo de dois anos, conforme informou a Coinbase nesta quarta-feira (04).
Em comunicado, a superintendente de serviços financeiros de Nova York, Adrienne A. Harris, disse que a Coinbase “falhou em construir e manter um programa de conformidade funcional que pudesse acompanhar seu crescimento”.
Coinbase integrou clientes sem “conduzir a devida diligência”
O departamento também disse que, durante o período relevante, a Coinbase tratou os requisitos de integração do cliente como um “simples exercício de check-the-box e falhou em conduzir a devida diligência”.
Ainda segundo o departamento, em um dos casos, a exchange integrou um cliente que foi acusado de crimes relacionados a material de abuso sexual infantil na década de 1990 e permitiu que o cliente se envolvesse em transações suspeitas por mais de dois anos antes de fechar as contas.
Em outro caso, o departamento julgou que a Coinbase permitiu que um indivíduo que se dizia funcionário de uma empresa abrisse uma conta, em nome da empresa em que supostamente trabalhava, sem autorização, resultando em um roubo de mais de US$ 150 milhões. O montante foi posteriormente recuperado.
“A Coinbase tomou medidas substanciais para lidar com essas deficiências históricas e continua comprometida em ser um líder e modelo no espaço de criptoativos, incluindo parcerias com reguladores quando se trata de conformidade”, disse Paul Grewal, diretor jurídico da Coinbase, em um comunicado.