Tecnologia

'Criptomoedas são essenciais para Venezuela', diz especialista

Segundo Lozada as criptomoedas tem se apresentado como fortes protagonistas na economia venezuelana.

O venezuelano Luiz Lozada, é business developer na MakerDAO, afirmou que as criptomoedas tem se apresentado como fortes protagonistas na economia venezuelana e mais especificamente as chamadas de stablecoins, que são moedas digitais de valor estável.

“Atualmente, as stablecoins compõem grande parte da economia venezuelana. Há uns cinco ou sete anos, a população começou a adotar o dólar, e preferir utilizar contas em bancos norte-americanos. No entanto, por conta da inflação e da cotação do bolívar, agora as pessoas usam contas em corretoras de criptomoedas, com stablecoins como a Binance USD”, afirmou Lozada

O especialista explica que as stablecoins facilitam o acesso às moedas de outros países e por isso o país tem adotado fortemente a moeda digital. A Venezuela irá atrelar 50% do salário mínimo do país à criptomoeda nacional Petro (PTR), segundo reportagem de hoje da Bloomberg. O presidente venezuelano Nicolás Maduro também anunciou um aumento de 18 vezes do salário mínimo, para 126 bolívares (cerca de R$ 145).

O Petro é desenvolvido na blockchain Dash (DASH) e é emitido pelo governo. O ativo, portanto, traz mais características de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) do que de uma criptomoeda.

Por fim, o especilista também avalia que o aumento na adoção das stablecoins em países como a Venezuela e o Brasil ocorre por razões socioeconômicas, segundo Lozada. “As pessoas não querem ter moedas desvalorizadas”, declarou o venezuelano.